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Debate entre Dilma e Aécio tem troca de farpas e acusações

Primeiro embate do segundo turno rendeu ótima audiência à Band, que ficou boa parte do tempo na liderança da audiência; "Boechat" ficou entre os tópicos mundiais do Twitter

Por Marcus Oliveira e Nataly Costa
Atualizado em 1 jun 2017, 17h13 - Publicado em 14 out 2014, 22h53

Apesar do formato engessado, sem permissão para perguntas de jornalistas, foi quente o primeiro embate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, promovido pela TV Bandeirantes. A eleição será no dia 26 de outubro. 

Na troca de farpas em uma série de temas (veja aqui os oito momentos em que o encontro pegou fogo), Aécio a chamou de “leviana” e ela o acusou de nepotismo, entre outras situações tensos. 

Saiu-se vencedora a Band, que conquistou ótima audiência. Ricardo Boechat, o mediador, anunciou em entrevista após o debate que o encontro foi, em grande parte, líder no Ibope. De fato, superou todas as outras emissoras e, na reta final, chegou a catorze pontos na medição prévia.

O nome “Boechat” ficou entre os trending topics mundial do Twitter. O tom eram comentários diversos, como 1) “Se está chato pra gente, que tem Twitter e Facebook, imagina pro Boechat”, “Boechat querendo mandar os dois candidatos catar coquinho em Marte”, 3) “Boechat perdeu no par ou ímpar e vai ter que segurar o forninho”.

Nos tópicos nacionais, o debate dominou os assuntos mais comentados, com expressões como “#AecioPelaMudanca”, “MelhorcomDilma13”, “Renata Campos e Marina Silva” e “Bolsa Família”

De branco, Dilma deu autógrafo a um eleitor na chegada à emissora e afirmou desejar um debate “propositivo”. Aécio estava de gravata azul e, em entrevista rápida antes de entrar no estúdio, disse ter se preparado “durante toda uma vida” para esse momento.

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+ A guerra de memes entre os apoiadores de Dilma e Aécio

+ Jardim Paulista concentra votos em Aécio Neves

Confira abaixo como foi a cobertura ao vivo:

00h23 – Saída de Dilma bastante tumultuada. Presença de integrantes do Pânico engrossa a confusão.

00h15 – Boechat, o mediador, anunciou em entrevista após o debate que o encontro foi, em grande parte, líder de audiência. De fato, superou todas as outras emissoras a partir do terceiro bloco, chegando a catorze pontos no Ibope na medição prévia.

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00h03 – Ana Paula Padrão fez selfie com integrante do Pânico vestido de Dilma nos bastidores e contou que achou o nível do debate elevado. “Ainda estou ligada ao mundo do jornalismo”, confessou. 

23h55 – “A senhora volta com o discurso do medo. Realmente, há medo. Medo de o PT passar mais quatro anos no poder”, diz Aécio, que cita implantação de política de meritocracia no governo de Minas. “O senhor criou cargos sem concurso. Isso não parece com meritocracia”, retruca Dilma

23h45 – “Churrascão da gente desinformada”, evento pró-PT na Praça Roosevelt, em São Paulo, tem telão com debate passando ao vivo

 

23h32 – Dilma cita índices negativos na segurança pública de Minas e se atrapalha com números. “Apesar de confusa, vou responder sua pergunta”, ironiza Aécio

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23h27 – “Estamos no perigoso terreno da lenda. Passou dos limites, chegou à fabulação. Vocês jamais aplicaram recursos em nenhum programa social”, diz Dilma sobre “paternidade” do Bolsa Família

23h25 – Aécio quer saber o que Dilma vai fazer para erradicar a pobreza além do Bolsa Família e ela responde com os feitos do governo. Ele diz que se fizessem um DNA do programa “o pai seria FHC e a mãe, dona Ruth Cardoso”. 

23h24 – Dilma pergunta a Aécio o que ele vai fazer a favor da segurança da mulher e cita a lei Maria da Penha, criada no governo do PT. “Não se aproprie de uma lei importante dessas, amplamente discutida no Congresso”, retrucou o tucano

23h15 – Enquanto isso, os memes do debate já circulam na internet

23h12 – Aécio constantemente fala rindo levemente ao criticar a adversária

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23h10 – “Eleve o nível do debate. O seu governo virou um mar de lama. Os brasileiros estão me pedindo: Aécio, me liberte desse governo do PT”, diz o tucano visivelmente nervoso após Dilma citar nepotismo no governo de Minas. “O senhor tem primos e primas no governo. Se olhar o meu, não vai encontrar nenhum familiar”

23h08 – “Previsibilidade”, palavra travada na boca de Dilma. Engasgou duas vezes ao dizê-la

23h07 – Dilma cita o aeroporto de Cláudio, construído na fazenda de familiares de Aécio. “A senhora está sendo leviana. Se a senhora tivesse alguma familiaridade com Minas Gerais, saberia. Foi mais lá como candidata do que antes”, alfineta o tucano. Os dois são mineiros. 

23h – Enquanto Aécio fala de corrupção na Petrobrás, Dilma cita sua “cola”: um calhamaço com várias informações de apoio.

22h55 – “Estou impressionado com sua obsessão com o meu futuro ministro da Fazenda Armínio Fraga, elogiado pelo seu ex-ministro Antônio Palocci e pelo ex-presidente Lula”, diz Aécio. 

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22h52 – Dilma responde dizendo que ele tem memória curta e que o governo do PT garantiu uma inflação controlada dentro dos limites da meta. Continua dizendo que no governo FHC a inflação bateu os 12,5%. “Diante de uma grave crise, mantivemos emprego e salário. Antes, as pessoas que buscavam emprego davam volta no quarteirão”. Aécio diz se sentir honrado em Dilma “confundí-lo” com o ex-presidente FHC.

22h50 – Começa o segundo bloco. Aécio cita inflação, assunto incômodo para Dilma. “Não é vergonhoso admitir que não conseguiu controlar a inflação”. Ao falar sobre inflação, Aécio citou, como esperado, a declaração do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Márcio Holland, que recomendou aos brasileiros trocar carne por ovo para amenizar a inflação. Ela respondeu sem fazem menção às palavras de Holland

22h40 – Temperatura sobe. Dilma: “O senhor distorce a realidade” (sobre o Bolsa Família). Aécio: “A senhora falta com a verdade, candidata” (sobre a situação da saúde em Minas. A presidente solta seu primeiro “no que se refere”, uma de suas expressões favoritas

22h37 – O tema da Saúde continua. Dilma insiste nos desvios de dinheiro da pasta da Saúde na gestão de Aécio em Minas e ele diz que Dilma mente. 

22h35 – Dilma diz que, com Aécio, governo de Minas desviou 7,6 bilhões de reais da área da Saúde. Ele rebate. “A senhora está desinformada. Minhas contas foram aprovadas”. Aécio diz que o governo federal diminuiu os investimentos no setor e afirma que a proposta petista de criar o Mais Especialidades é cópia dos tucanos. “Quem vê sua campanha acha que a senhora não governou o Brasil ao longo dos últimos anos”, diz Aécio. “Quem vê sua campanha acha que o senhor é da situação”, rebate a petista.

22h30 – Em suas considerações iniciais, Aécio reconhece os ganhos do governo Lula mas diz que, nos últimos quatro anos, com Dilma, “o Brasil parou de melhorar”. Citou feitos da gestão Fernando Henrique Cardoso e ressaltou dados negativos do governo petista. 

22h26 – Os candidatos têm dois minutos para as considerações iniciais. Dilma Rousseff é a primeira a falar e cita o crescimento brasileiro nos últimos anos e promete, se eleita, priorizar a educação e promover um “combate sem tréguas” à corrupção. 

22h15 – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), chega à Band pedindo desculpas pelo atraso, pois estava em agenda pública. “Estou disponível para ajudar na campanha. Acredito que a militância da rua pode mudar o cenário para o PT em São Paulo”, disse ele, citando o fato de Dilma ter perdido para Aécio na capital. 

Haddad Debate
Haddad Debate ()

21h50 – Os vereadores Andrea Matarazzo (PSDB) e José Américo Dias (PT) acabam de chegar. Apressados, não falaram com ninguém. 

21h30 – A presidente Dilma Rousseff chega para o debate. Bem-humorada, sorriu e jogou beijos para os jornalistas do lado de fora. O veículo, porém, passou longe de onde estava a militância do PT

21h15 – O candidato Aécio Neves chega aos estúdios da Band e, com os vidros do carro abertos, estendeu a mão e posou para fotos com os eleitores.

20h45 – Em maior número, os apoiadores do PSDB correram para cumprimentar o candidato a vice da chapa, Aloysio Nunes, um dos primeiros a chegar 

20h20 – A militância marca presença na porta da Bandeirantes, no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Cerca de cinquenta tucanos e vinte petistas de bandeiras em punho gritam o nome dos candidatos

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