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Comerciantes se dividem sobre projeto de ciclovia na Consolação

Ainda sem prazo para começar a ser feito, trecho ligará Avenida Paulista ao centro da capital 

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h51 - Publicado em 22 Maio 2015, 17h22
Rua da Consolação
Rua da Consolação (Edno Luan/Futura Press/Folhapress/)
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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) anunciou nesta sexta (22) que pretende implantar uma ciclovia na Rua da Consolação. O projeto ainda não foi concluído, mas a ideia é ligar a Avenida Paulista – cuja pista central para bicicletas está em fase final de construção – e o centro. Quando o plano cicloviário estiver completo, será possível ir do Parque do Ibirapuera até o Terminal Rodoviário da Barra Funda somente por vias exclusivas para bikes.

Como em todo anúncio dessa natureza, a futura obra da prefeitura – ainda sem data certa para começar – causou polêmica entre os comerciantes da Consolação. Há 26 anos dono da Ilumatel, loja de lustres perto da Estação Paulista do Metrô, Jairo Sztokbant acha que o trânsito será prejudicado. “Do meu carro, observo poucas pessoas usando a ciclovia”, comenta. “Se for feita do lado direito (no sentido centro), também vai ser complicado por causa dos estacionamentos, pode causar acidente.”

+ Trecho de ciclovia na Paulista é concluído

Comerciante Consolação
Comerciante Consolação ()

Outra lojista da mesma via, Andrea Domingos, da Barão dos Lustres, classificou como “ridícula” a implantação da ciclovia. “É um absurdo. Já tem um monte de acidente de moto, não tem espaço para bicicleta. É perigoso”, opina. “Isso nada mais é que jogar dinheiro fora. É igual ao corredor de ônibus da 23 de Maio, que ninguém usa.”

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Nem todos são contra a obra. Para Sérgio Ferrazini Júnior, da loja Trans Elétrica, a ciclovia será um incentivo a mais para que ele deixe o carro em casa quando tem de trabalhar nos fins de semana (nos dias úteis, já usa o metrô). “É assim em todas as metrópoles do mundo. Eu mesmo vou querer usar.”

Comerciante Consolação
Comerciante Consolação ()

Proprietário de três lojas na Consolação, Eduardo Libanori se diz “indiferente” às ciclovias, já que não as usa. “Só pode causar algum transtorno durante as obras. No mais, para mim, não interfere em nada. Não vou vender menos por causa disso.”

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A prefeitura só deve tocar o projeto da ciclovia na Consolação após terminar as obras da Paulista, com previsão ainda para este semestre. Outras vias exclusivas para bicicletas que estão em fase de construção são as da Amaral Gurgel (embaixo do Minhocão) e da Avenida São João. A meta é terminar o ano com 400 quilômetros – metade disso já foi feito.

A malha cicloviária de São Paulo tem 326 quilômetros de extensão.

Comerciante Consolação
Comerciante Consolação ()
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