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Cantareira sai do volume morto após mais de um ano e meio

Racionamento e redução do consumo ajudaram na recuperação do manancial, mas atraso nas obras deve provocar mais cortes no abastecimento

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h45 - Publicado em 30 dez 2015, 09h55

Um ano e meio após entrar no volume morto, o Sistema Cantareira voltou nesta quarta (30) a operar no azul. O nível subiu de 22,4% para 22,6%, percentual que corresponde à quantidade de água do sistema em relação à capacidade total de armazenamento, incluindo as duas cotas do volume morto. 

Há mais de dois meses sem sofrer queda, o manancial estava ontem (29) a 0,3 ponto porcentual de recuperar o último litro de suas reservas, segundo relatório divulgado pela Sabesp.

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“Houve chuva fraca e moderada em diferentes momentos do dia. Como o solo já está bastante encharcado, possivelmente o Cantareira deve sair (do volume morto) amanhã (hoje)”, afirmou o meteorologista Marcelo Pinheiro, da Climatempo. 

As chuvas acima da média dos últimos meses, o racionamento e a redução do consumo ajudaram na recuperação do manancial, mas as incertezas sobre o comportamento climático e o atraso nas obras para ampliar o estoque da Grande São Paulo devem fazer com que a população sofra cortes no abastecimento pelo terceiro ano consecutivo.

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É como se o Cantareira tivesse deixado a UTI, mas continuasse internado sob forte restrição médica, no caso, uma exploração (até 18 mil litros por segundo) limitada à metade da capacidade de produção (36 mil l/s). Embora o sistema inicie 2016 em uma situação melhor do que a de 2015, quando o nível estava 21% abaixo de zero, a quantidade de água armazenada nas represas ainda é 44% menor do que no início da crise hídrica, em janeiro de 2014.

As projeções, contudo, são mais otimistas agora porque, depois de registrar o ano mais seco da história, o Cantareira encerra o último mês de 2015 com uma entrada de água (52 mil l/s) igual à média histórica de dezembro, o que não acontecia desde julho de 2012. Só em novembro e dezembro, meses em que choveu 15% acima do esperado, o Cantareira somou 130 bilhões de litros, mais da metade dos 220 bilhões de saldo acumulado no ano.

Ao longo de 2015, o Cantareira recebeu o dobro do volume de água de 2014. Entraram cerca de 711 bilhões de litros nos reservatórios, o equivalente a 70% da capacidade do sistema, enquanto que no primeiro ano da crise hídrica foram 357 bilhões. Mas só a chuva seria insuficiente para garantir a recuperação parcial do sistema.

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