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Black Friday da crise: preços pouco atrativos e aumento de reclamações

Levantamento do Reclame Aqui apontou mesmos problemas de 2015, mas identificou mudança no perfil do consumidor em decorrência da crise

Por Mariana Gonzalez
Atualizado em 27 dez 2016, 14h44 - Publicado em 28 nov 2016, 19h19

Confirmando as expectativas de um ano de crise, o balanço desta Black Friday não foi dos melhores: os preços foram pouco competitivos e os problemas na hora da compra aumentaram, segundo levantamento da plataforma Reclame Aqui.

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De acordo com o site, os descontos ficaram, em média, na casa dos 20%, e o número de queixas de consumidores entre sexta-feira (25) e domingo (27) aumentou 12% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Os maiores problemas foram propaganda enganosa, com 19% das reclamações, seguido por dificuldades na finalização da compra (14%), divergências de valores (13%) e produto indisponível (6%) – os mesmos relatados em 2015. A empresa líder de reclamações também foi igual: a loja virtual Kabum!, que este ano recebeu 677 avaliações negativas no site. 

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Perfil de compra

De acordo com o CEO do Reclame Aqui, Maurício Vargas, com o crescimento da inadimplência em 2016 e consequente falta de crédito, a maioria dos consumidores fez compras à vista.

Enquanto o gasto médio diminuiu nas lojas online durante a Black Friday, nas lojas físicas aumentou. E a mudança nos índices – que, desde 2013, apontavam maior quantidade de vendas pela internet – foi causada justamente pela crise econômica. Para Vargas, a explicação está no perfil de compras, que sofreu alterações devido à alta do desemprego. 

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“Este ano, celulares, tablets e outros eletrônicos ficaram em segundo plano. Quem podia gastar investiu em eletromésticos de primeira necessidade, como fogão, geladeira e máquina de lavar roupas. As pessoas lotaram os supermercados em busca de produtos de limpeza, itens de higiene pessoal e alguns itens para as festas de fim de ano. Cerveja, por exemplo, teve muita procura”, explica Vargas.

Apesar de não estar entre as prioridades, os smartphones lideraram o ranking de reclamações dos consumidores no Reclame Aqui, com 10,8% das queixas – seguidos por aparelhos de televisão e acessórios de informática. 

Vargas destaca ainda que, segundo o monitoramento do Reclame Aqui, os consumidores pesquisaram menos e tiveram mais pressa em comprar. “No final de semana, as reclamações aumentaram 40% em relação à sexta-feira, o que mostra o desespero e a pouca disposição do consumidor em pesquisar preço e reputação das lojas”, conclui. 

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