As performances mais malucas do artista mexicano Héctor Zamora
Conheça as obras assinadas pelo artista, que ganha retrospectiva no CCBB a partir desta quarta (2)
O mexicano Héctor Zamora, de 42 anos, fincou sua bandeira no mundo das artes por meio da performance. Diferentemente do que constumamos ver, ele mesmo não participa de nenhuma. Convida o público a interagir com suas criações ou produz grandes instalações para causar o efeito necessário. A partir desta quarta (2), o artista ganha uma retrospectiva no CCBB, com os registros dos happenings que organizou pelo mundo. Veja abaixo alguns pontos altos de sua obra:
Durante a mostra Made By…Feito por Brasileiros, Zamora pediu que dezenas de pessoas jogassem vasos pela janela de um dos prédios da Cidade Matarrazzo. Abuso da História foi impressionante não só para quem estava lá, mas para quem viu seus vestígios depois. Hoje morador de Lisboa, o mexicano já viveu 10 anos em São Paulo, que foi palco de muitas de suas performances.
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Vinte trabalhadores da construção civil foram convidados pelo artista para participar de uma brincadeira com tijolos. Na Galeria Luciana Brito, os operários se organizaram num percurso para que pegar e arremessar tijolos o mais rápido possível. Mesmo com um ensaio anterior, alguns tijolos de Inconstância Material se chocaram, outros quebraram – fazia parte da conta da performance.
Em 2004, Zamora decidiu morar em um museu. Para isso, construiu uma estrutura acoplada no topo do Museu de Arte Carrillo Gil, na Cidade do México. Ele usou os mesmos materiais utilizados nas construções informais na cidade e viveu na estrutura parasita durante três meses.
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Uma lenda urbana entre a população de Veneza diz respeito a uma invasão de zepelins na cidade. Durante a Bienal de 2009, Zamora fez a lenda virar realidade. Os balões gigantes pairaram pelos ares da cidade italiana sem que ninguém soubesse o autor da artimanha.
Na praia Recando das Crianças, no Guarujá, o artista montou uma instalação com pneus, que podia ser desfrutada pelos banhistas do local. A obra aconteceu em paralelo à 27ª Bienal de São Paulo, em 2006.
Durante sua estadia em Phoenix, no Arizona, Estados Unidos, o mexicano percebeu que paraquedas de guerra são vendidos em qualquer lugar por lá. Ele ficou impressionado com a presença militar na região – é dali que saem muitos batalhões em direção ao Oriente Médio. A instalação com os paraquedas de guerra num angar – que mais parecia uma floresta de águas-vivas – mostra que, por trás da beleza, estava também o terror.