Artista cria réplica e desfila com tocha caseira pela Zona Leste
Zé da Lua foi seguido por dezenas de curiosos em seu trajeto por São Miguel Paulista
Sem conseguir levar a tocha olímpica para seu bairro, o cantor, ator, compositor e jornalista Wagner Ufracker da Silva, o Zé da Lua, de 40 anos, não pensou duas vezes. “Se a tocha não vai a São Miguel, São Miguel não vai ficar sem a tocha”, diz o artista, que pediu ajuda a um amigo para confeccionar uma réplica do objeto que será responsável por acender a pira olímpica no Rio de Janeiro, no dia 6 de agosto. “Usamos cano PVC e uma lamparina. Ficou perfeita”.
O trajeto, realizado no sábado (23), percorreu cerca de 3 quilômetros, contou com a presença de 100 pessoas, entre indígenas e ativistas, e fez a festa de quem passava pelas ruas do bairro. “Foi o maior sucesso. Todo mundo parava para ver a tocha passar”, afirma Zé da Lua, para quem o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) deveria ter levado o evento, realizado neste domingo, na capital, para São Miguel. “Nosso bairro é histórico e tradicional”.
Se uma missão foi cumprida, mesmo que de forma simbólica, a outra é mais difícil. Zé da Lua compôs a música Olimpíadas 2016, cujos versos pedem que o Brasil deixe de ser “freguês”. “Vai virar o hit dos jogos. Anota aí”.
“Olimpíadas 2016, brasileiro
está na hora de deixar de ser
fregues (refrão).
Insista, persista, nunca desista,
faça acontecer, a hora é agora,
ganha eu, ganha você. Acendeu
a tocha, rodou o mundo inteiro,
agora vai chegar lá no Rio de Janeiro”.
Escute a música completa aqui.