Produtor musical apaixonado por sintetizadores fabrica as engenhocas
Em seu estúdio na Vila Mariana, Arthur Joly produz peças que custam até 35 000 reais
Os sintetizadores, teclados que se tornaram populares nos anos 70 graças a roqueiros como Rick Wakeman, do Yes, caíram em desgraça nos anos seguintes pelo som datado, mas voltaram à cena nos últimos tempos pegando carona na onda vintage. O produtor musical Arthur Joly é um apaixonado pelo negócio. Seu primeiro equipamento do tipo foi um Moog, adquirido em 2008. “Meu sonho era produzir álbuns com um aparelho de verdade, e não em um simulador de computador”, lembra.
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A coleção foi ampliada rapidamente e chegou a contar com quarenta máquinas, todas instaladas em seu estúdio, na Vila Mariana. Em 2009, no entanto, ele resolveu mudar seu status de comprador pelo de fabricante ao começar a montar as próprias engenhocas. Desde então, já comercializou cerca de trinta modelos, todos únicos, por preços que chegam a atingir 35 000 reais. Alguns ocupam quase uma parede inteira, com 2 metros de altura.
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Há peças que levam até um ano para ficar prontas. Um exemplar à prova d’água e transparente, projetado para um show dentro de uma piscina, é um dos mais diferentões do portfólio. Bandas underground como Ludov e Tigre Dente de Sabre estão entre os nomes que incrementaram suas gravações com esses produtos. Joly pretende lançar em agosto uma linha em série, com sistemas completos a preços na faixa dos 5 000 reais, afim de impulsionar suas vendas.