Adesivagens coloridas são tendência na cidade
Imagens sobrepostas ganham as ruas até mesmo na lataria dos carros
Dono de um Fiat Punto 2011, o bancário Roger Wilson, de 28 anos, é o tipo de pessoa que gosta de chamar atenção no trânsito. Para ele e outros integrantes da turma de motoristas exibidos, a última novidade nas ruas da metrópole são os chamados sticker bombs, aplicações de adesivos sobre partes da lataria dos automóveis que simulam a sobreposição de dezenas de figurinhas.
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Na prática, o carro, ou parte dele, transforma-se num cenário de história em quadrinhos sobre rodas. No fim do ano passado, Wilson gastou 300 reais para cobrir os paralamas, as molduras dos espelhos retrovisores e a tampa do tanque com essas imagens. Elas incluem marcas que o bancário admira e o capacete de seu ídolo, o piloto Ayrton Senna. “Quando eu passo, não tem quem não olhe”, orgulha-se Wilson.
A coisa agradou até aos vândalos: o papel foi arrancado em três ocasiões. Apesar do contratempo, o proprietário não se deu por vencido evoltou a aplicar a decoração logo em seguida. Um dos que estão lucrando com isso em São Paulo é oe mpresário Anselmo Blois, que conheceu o produto em 2011 nos Estados Unidos e começou a importá-lo no ano passado. Na sua central de produção, em Santa Teresinha, na Zona Norte, são confeccionados cerca de 300 metros quadrados desses colantes a cada 24 horas. “Faturo quase 80.000 reais por mês”, conta Blois, que montou uma rede com mais de 100 revendedores ao redor do país.
Na Uau! Motopeças, no bairro do Limão, a folha em tamanho suficiente para cobrir uma soleira sai por 35,90 reais. Na Onyx Som, na Santa Efigênia, a porção maior, que dá para revestir os paralamas, vale 105 reais.
Uma das vantagens do negócio, prometem os fabricantes, é não estragar a pintura, desde que ela seja a original de fábrica. A modinha automotiva já começa a invadir também as prateleiras de lojas de acessórios de tecnologia. Na Foks, em Perdizes, as estampas para iPhone nesse estilo custam 34,90 reais. E há cortes específicos para notebooks e tablets. O lojista Gullit Arlindo da Silva entrou na onda e decidiu personalizar seu celular com a imagem de tomates em miniatura. “É uma forma de deixá-lo diferentedo aparelho dos outros”, justifica ele.