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Indícios reforçam versão de ciclista, diz delegado

Responsável por investigar o caso, Lupércio Antonio Dimov afirma que evidências levam a crer que administrador pedalava na faixa de ônibus quando atingiu idoso

Por Pedro Henrique Tavares
Atualizado em 5 dez 2016, 12h09 - Publicado em 21 ago 2015, 18h24
Ciclista - Minhocão
Ciclista - Minhocão (Paulo Lopes/Futura Press/Folhapress/)
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Após reconstituição do acidente que vitimou o aposentado Floribaldo Carvalho da Rocha, de 78, atropelado por uma bicicleta na última segunda (17), o delegado que investiga o caso afirmou que indícios corroboram a versão do ciclista, de que ambos estavam no asfalto no momento da colisão. Em depoimento na última terça, o administrador Gilmar Raimundo de Alencar, de 45 anos, afirmou que atingiu o idoso quando trafegava pela faixa exclusiva de ônibus sob o Minhocão. 

O delegado Lupércio Antonio Dimov disse que, apesar das evidências, ele ainda espera pela liberação de imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento da região que gravaram o momento do acidente. “Devemos ter acesso a este material na próxima segunda”, contou o delegado. Alencar pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 

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A reprodução da cena foi realizada na Avenida General Olímpio da Silveira, próximo a Avenida Pacaembu. Participaram apenas Alencar e a advogada dele, Juliana Alencar de Andrade. Ele refez o trajeto com a bicicleta até o ponto do acidente.  

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“Assim como disse no depoimento, volto a afirmar aqui que eu estava pedalando pela faixa de ônibus. Havia acabado de sair do almoço, meu objetivo era acessar o final da ciclovia e entrar à esquerda”, explicou o administrador.  Alencar, que prestou socorro à vítima, disse que já entrou em contato com a família do aposentado e pretende colaborar com a investigação.

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Alencar foi amplamente questionado por jornalistas sobre a ciclovia do Minhocão. “Se há a necessidade de um debate sobre as ciclovias da cidade, não acho que não deve ser por causa desse caso. Falta respeito por parte de todos: o pedestre, o ciclista, o motoqueiro, o motorista e o ônibus.” Em sua avaliação, tanto ele quanto o pedestre morto, que cruzou a via fora da faixa, foram responsáveis pelo acidente, que Alencar tornou a lamentar.

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Uma testemunha localizada pela reportagem de VEJA SÃO PAULO confirmou que o atropelamento aconteceu na faixa de ônibus. O estudante de enfermagem Gervázio Dias Macedo Neto, de 28 anos, passava a pé pela ciclovia que fica embaixo do Elevado Costa e Silva no momento do acidente.

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“O senhor estava atravessando a rua quando a bicicleta colidiu com ele. O corpo caiu próximo da guia da calçada. Eu e o ciclista o colocamos no canteiro para fazer os procedimentos de primeiros socorros. Fiquei lá até o atendimento médico chegar”, revelou Neto, que disse não ter sido procurado pela polícia para prestar depoimento. (Com Estadão Conteúdo)

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