Resid Bar

Resenha por Saulo Yassuda

O Resid Club & Hotel, clube privado que promove experiências de luxo aos associados, abriu em dezembro o primeiro espaço físico, o Resid Bar. Encaixado na frente do restaurante Dalva e Dito (onde ficava o antigo Mercadinho), o lugar tem entrada própria. atendentes cheios de simpatia recebem os convivas e fazem questão de dizer que, sim, o bar é aberto ao público em geral, não apenas aos membros de clube, que desembolsaram até R$ 370 000,00 de adesão. Cercado de janelas com persianas e banhado por iluminação suave de velas sobre as mesas e luminárias no balcão, o salão tem jeito cosmopolita. Se em uma parede o público vê um painel de cerâmica azul e branca do artista athos Bulcão (1918-2008), na outra, observa um grafite de Pedro Mônaco Atala, filho de Alex Atala, chef e sócio do Resid e proprietário do Dalva e Dito. Assim como parte dos parceiros no negócio, Atala empresta seu nome a um drinque, o pajé (R$ 48,00). Repleto de brasilidade, tal qual todo o menu, é um misto de brandy de jerez, Cynar, limão-taiti, tônica, xarope de açúcar, compota de jabuticaba e folha de louro, leve mas com alguma complexidade. Dos coquetéis clássicos, nem sempre vale arriscar no old fashioned (R$ 55,00), que chegou com um tom de álcool acima do esperado na visita. Para quando for necessário uma boquinha, o polvo ao vinagrete (R$ 95,00), de rodelas finas dos tentáculos, tomate-cereja, cebola-roxa e coentro no molho de laranja, tem espírito de ceviche. O torresmo de pancetta defumada (R$ 61,00 a porção), em fatias macias e de pele pururuca, vira um canapé metido a besta ao ganhar sobre ele ovas de salmão, esferas de cebola-roxa e creme de cupuaçu. E tudo bem que não é tão exclusivo assim — o tira-gosto sai do menu do Dalva e Dito —, porque é uma delícia. 

Informações checadas em abril de 2025.