Oripi

Resenha por Saulo Yassuda

Joaquim Lopes já conseguiu mostrar seus dotes de ator e apresentador em programas da Globo e da TV por assinatura. Como chef, ainda faltava a oportunidade para o graduado em gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi em 2004 exibir seu talento (“estava esperando o momento certo”, diz). A vez dele chegou em março com o Oripi, um híbrido de bar e restaurante que montou no Ipiranga com quatro sócios, entre eles o diretor Raoni Carneiro. Embora quase não cuide do dia a dia da cozinha, Joaquim criou um cardápio, não muito extenso, que elenca petiscos e pratos que ganham algum toque pessoal. Apresentado em uma caixinha de ovos, os saborosos bolovinhos (R$ 38,00, cinco unidades) são ovos de codorna com a gema cremosa envolvidos por massa de carne, empanados e fritos, com maionese de molho picante sriracha. Mais substancioso, o ravióli dr. antonio lopes (R$ 62,00) é a massa recheada de ricota e abóbora coberta de fonduta de parmesão e pangrattato de linguiça, que lembra uma farofinha e dá uma levantada no sabor. Trata-se de uma homenagem ao pai do chef, morto em 2021 e ex-morador do bairro. Do bar, saem sugestões que nem sempre funcionam bem, como o pouco harmonioso drinque bourbon de sabugosa (uísque americano, suco de milho e açúcar; R$ 38,00). Normalmente feito com Porto branco, o porto-tônica (R$ 38,00) surge numa versão com o vinho tawny. Cervejas (tem long neck de Heineken e Amstel Ultra; R$ 15,00 cada uma) são relegadas ao fim do menu. Em uma esquina, o imóvel tem salão pequeno, com aberturas para as mesas da calçada, e um andar superior que recebe reservas de grupos grandes.

Informações checadas em junho de 2024.