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Virada Cultural se espalha para outros espaços da cidade

Sambódromo do Anhembi e Chácara do Jockey aparecem entre os pontos

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 Maio 2017, 18h21 - Publicado em 5 Maio 2017, 18h20
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  • Antes mesmo de assumir a pasta da Cultura, André Sturm se viu no meio de uma polêmica causada por uma declaração de João Doria, então recém-eleito prefeito. Em dezembro, ele afirmou que a Virada Cultural, que chegou a atingir a marca de 4 milhões de pessoas, em 2010, sairia das ruas do centro para se concentrar no Autódromo de Interlagos, palco de festivais pagos como o Lollapalooza, recordista de público neste ano, com 190 000 pessoas.

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    Não pegou nada bem, e a prefeitura acabou recuando. O formato que será apresentado em coletiva de imprensa nesta semana, porém, indica uma reviravolta em relação ao modelo implantado desde 2005. Em lugar de grandes palcos centrais, as cerca de 900 atrações escaladas para os dias 20 e 21 estarão espalhadas por seis regiões. “Queremos evitar o ‘efeito manada’, quando todo mundo chega e sai ao mesmo tempo de um só lugar, ameaçando a segurança”, diz Sturm.

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    Daniela Mercury: escalada para o estreante palco do Sambódromo do Anhembi (Leandro Godoi/Veja SP)

    No centro, tradicional foco do evento, saem as estruturas gigantes e entram 31 pequenos tablados, montados praticamente no nível do solo e sem a presença de artistas que arrastam multidões. Um deles será dedicado a tributos, como o de Filipe Catto a Cássia Eller, o de Blubell a Madonna e o de Roberta Miranda a Roberto Carlos.

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    Nesses locais também devem chamar atenção os musicais Gota d’Água [A Seco] e 60! Década de Arromba, com Wanderléa, e os chamados “cortejos musicais”, que farão um rescaldo do Carnaval de bloquinhos sob o comando de nomes como Tiago Abravanel, Molejo e É o Tchan!.

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    Nesse novo esquema, os nomes de maior peso passarão longe do centro. Daniela Mercury, por exemplo, estreia um palco montado no Sambódromo do Anhembi. Outros espaços que serão ocupados são a Chácara do Jockey, com Liniker e Os Caramelows, e o Parque do Carmo, com Alcione. O autódromo, cogitado como protagonista da festa, receberá apenas programação infantojuvenil, como o show Brasileirinhos, de Paulo Bira.

    Interlagos: o espaço receberá apenas atrações infantojuvenis (José Cordeiro/SP Turis/Veja SP)

    A definição tardia das atrações e dos locais do evento provocou mais confusão — agora com o Tribunal de Contas do Município. Em 26 de abril, o órgão alegou falta de informações na proposta e suspendeu o edital que buscava 7,8 milhões de reais em patrocínio. Na última quarta (3), no entanto, houve a retomada do chamamento.

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    Desta vez, o orçamento da festa será de 13 milhões de reais, 5 milhões a menos que em 2016. Cachês polpudos como os de Caetano Veloso (150 000 reais em 2015) e Ney Matogrosso (148 000 reais em 2016) não existirão nesta edição. “Chegaremos ao máximo de 100 000 reais”, afirma o secretário.

    Os novos moldes estão longe de ser uma unanimidade. Secretário de Cultura na época da primeira Virada, em 2005, Carlos Augusto Calil teme um esvaziamento dos shows com a pulverização dos palcos. “No primeiro ano, tentamos uma programação no Parque da Independência, próximo ao Museu do Ipiranga, e não apareceu ninguém”, relembra Calil.

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    (Reprodução/Veja SP)

    Diretor da iniciativa até o ano passado, José Mauro Gnaspini engrossa o coro dos pessimistas. “As pessoas querem ser convidadas para ir a um mesmo espaço”, afirma. Os desafios com a mudança do formato não serão os mais graves da trajetória do evento.

    Em 2006, por exemplo, houve o risco de cancelamento da agenda por causa de uma ameaça de ataque do PCC, e, em 2013, chegou-se ao pico da violência durante a madrugada, com mais de setenta ocorrências, incluindo duas mortes e mais de vinte pessoas detidas. A ideia neste ano é manter o baixo número de registros de 2016 (dezenove). “Será uma Virada divertida e com segurança”, garante Sturm.

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    O MAPA DA VIRADA 2017

    Centro
    Serão sete circuitos com 31 atrações, entre eles musicais, tributos e cortejos com Tiago Abravanel e É o Tchan!

    Sambódromo do Anhembi
    Os shows de Daniela Mercury e Olodum ocupam o espaço, que ainda oferecerá estrutura de alimentação

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    Parque Chácara do Jockey
    Liniker e os Caramelows e Dona Onete com convidados são atrações

    Praça do Campo Limpo
    Estão escalados MV Bill, Mart’nália e Fernando Beat Box

    Parque do Carmo
    Fagner, Bicho de Pé e Diogo Nogueira subirão ao palco

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    Autódromo de Interlagos
    Foco de uma polêmica, o local ficou reservado para a programação infantojuvenil, com apresentações de Bichos do Brasil, Brasileirinhos e Mc Gui

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