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“Vencemos nos detalhes”, diz vice da Acadêmicos do Tatuapé

Campeã inédita do Carnaval de São Paulo, a escola saiu do Grupo de Acesso para o Grupo Especial há apenas cinco anos

Por Mariana Gonzalez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 fev 2017, 19h31 - Publicado em 28 fev 2017, 19h19
Quadra do Acadêmicos do Tatuapé: comemoração pelo Carnaval 2017 (LEONARDO BENASSATTO/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO/)
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Campeã inédita do Carnaval de São Paulo, a Acadêmicos do Tatuapé saiu do Grupo de Acesso para o Grupo Especial há apenas cinco anos. “Isso só prova a garra e a perseverança vindas da Zona Leste”, afirmou o vice-presidente da escola, Erivelto Coelho, durante a comemoração do título, na noite de terça (28). A vitória foi decidida em uma disputa voto a voto com a Dragões da Real e a Império de Casa Verde.

Vice-campeã no ano passado, a Tatuapé entrou no Sambódromo com um enredo sobre a cultura africana. “Ninguém faz uma festa como o povo africano. Eles sofrem com fome e doenças, mas só eles sabem fazer um colorido como esse. Foi exatamente nisso em que nos inspiramos”, afirmou Coelho.

Após a comemoração, o vice-presidente falou sobre os apuros que a escola enfrentou na sexta (24), dia do desfile. “Nossas fantasias todas tomaram chuva e ficaram muito molhadas. Poucas horas antes de entrar na avenida, tínhamos uma tonelada de plumas totalmente encharcadas. Mas a comunidade fez um verdadeiro mutirão e compareceu em peso com secadores e ventiladores para que tudo ficasse seco a tempo”, contou.

“Não foi uma surpresa. Quando o portão fechou, sabíamos que tínhamos feito o melhor desfile das nossas vidas”, comentou o vice-presidente. “Num carnaval disputado como esse vencemos nos detalhes”.

Não à toa, o presidente Eduardo dos Santos dedicou o troféu aos 2.600 componentes da escola. “Esse prêmio é do Tatuapé. A Dragões e a Casa Verde tinham tudo para ganhar, mas felizmente nos saímos melhor nos quesitos que dependem do povo: evolução, enredo e samba-enredo”, avaliou.

A escola leva para sua quadra, na Zona Leste, uma réplica do troféu original, que ficará na Fábrica do Samba com os de outras trinta campeãs da Liga SP.

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