Em ‘Terapia de Risco’, um bom tema se perde numa trama mirabolante
O filme aborda um tema atual e pesadão — os danos provocados pela indústria de antidepressivos
Desde 2001, quando venceu o Oscar de direção por Traffic, Steven Soderbergh vem testando o fôlego de seus fãs: lançou catorze longas de ficção, entre passatempos (como Magic Mike, de 2012) e dramas um pouco mais densos (a exemplo de Che, de 2008).
Em Terapia de Risco, o cineasta busca ligar essas características ao abordar um tema atual e pesadão — os danos provocados pela indústria de antidepressivos — num enredo repleto de reviravoltas. O resultado fica aquém da ambição.
Retratam-se aqui as relações entre Emily Taylor (papel de Rooney Mara), seu marido ex-presidiário (Channing Tatum) e o psiquiatra Jonathan Banks (Jude Law). Depois de bater o carro na garagem do prédio onde mora, ela é hospitalizada e atendida pelo médico.
Acidente ou tentativa de suicídio? O mistério se torna folhetinesco com a entrada em cena de Victoria (Catherine Zeta-Jones), a ex-terapeuta de Emily. O jogo de mentiras entretém, mas isso o cineasta já fez antes. E com mais elegância.
Direção: Steven Soderbergh (Side Effects, EUA, 2013, 106min). 14 anos. Estreou em 17/5/2013.
AVALIAÇÃO ✪✪