Encontre o programa perfeito para você e seu bebê
Selecionamos seis atividades que propõem maior interação com os filhos pequenos
Após frequentar as aulas do Dança Materna é que a psicóloga Sabrina Sorgi, de 33 anos, descobriu um método para adormecer a filha Amanda, agora com sete meses. “Fazê-la dormir durante o dia era um grande desafio. Mas com os estímulos encontrei um ritmo com ela, um balanço, que era uma nova forma de embalar.”
Há cinco anos, a bailarina Tatiana Tardioli, 36 anos, organiza essas sessões para mães com recém-nascidos ou grávidas ainda. De acordo com ela, as alunas descobrem uma maneira de fortalecer o vínculo com seus bebês por meio de técnicas de improvisação de movimentos. “As mães da minha geração estão buscando um novo jeito de viver a maternidade”, conta. “São mulheres que gostam do trabalho, mas não querem abrir mão de vivê-la de um jeito muito próximo dos filhos.”
Outro programa que segue proposta semelhante é o CineMaterna. Desde 2009 um grupo de mães que mantinha contato pela internet promove encontros no cinema. “Tínhamos bebezinhos e não conseguíamos fazer uma das coisas mais simples da vida, que é ir ver um filme”, relata uma das idealizadoras, Taís Viana, 40 anos. “O coração não permite que deixemos o bebê. Então começamos a invadir as exibições com nossos filhos.”
Até ir para a balada com eles é uma possibilidade em São Paulo, depois do surgimento da Disco Baby em agosto do ano passado. As criadoras Claudia Assef, de 38 anos, e Tathiana Mansini, de 39 anos, sempre gostaram muito da noite. Mas quando se tornaram mães perceberam que estavam em outro momento da vida. “Por isso decidimos criar um evento que unisse as duas coisas”, afirma Cláudia, que também é DJ. Nas oito edições da festa, ela foi acompanhada das filhas Luna, de 3 anos, e Maia, de 1 ano. “Juntamos essa vontade de estar na pista de dança e de iniciar as crianças a ouvirem música.”
Para mostrar que ficou muito para trás o tempo em que as lactantes se resguardavam em casa, selecionamos seis atividades que só fazem sentido se realizadas bem juntinho da sua cria. Confira:
Na primeira parte, os movimentos são voltados para as mães, que também podem estar no período da gestação ainda. Elas fazem automassagem e alongamento, tudo sobre um piso revestido de EVA – material emborrachado que diminui o impacto. Em um segundo momento, com a música e ar-condicionado agradáveis para os bebês, as alunas os colocam no sling (carregador de pano) e começam a dançar.
Os passos vão de contratempos simples a interações coreografadas com fitas coloridas. “Uso técnicas de improvisação e danças brasileiras”, diz Tatiana. Em geral, os pequenos participantes acabam dormindo. A professora trabalha acompanhada do filho Gil, de oito meses. Há cinco anos, quando começou, a companheira era a primogênita Nina. “As minhas oficinas costumam ser em grupo, porque também tem a característica de ser uma troca.”
Mais informações sobre o curso, você encontra aqui.
Elenira Peixoto, de 33 anos, descobriu um jeito diferente de contar histórias para bebês. Ela organiza peças de 30 minutos que a garotada pode assistir do colo dos pais. Embora eles não entendam muitas vezes a linha narrativa, a música ao vivo e os movimentos atraem os olhares.
Outro projeto da artista são as contações de histórias. “Assim como nas peças, trabalho elementos que eles podem sentir, com objetos que tenham textura e despertem sensações”, diz Elenira. Ela conta que, certa vez, usou uma peneira para simular os olhos de um mosquito. Ao passar o objeto pelas mãozinhas dos espectadores, um deles reproduziu o movimento nos olhos. “Se eles entendem, nunca vou saber. Mas as reações são muito curiosas.”
Depois de oficializar o projeto, há quatro anos, o CineMaterna passou a fazer adaptações nas sessões de cinema. Há trocador com lencinhos, fraudas e pomadas dentro da sala. A luz fica acesa, o som é mais baixo do que o normal e o ar-condicionado, mais fraco. Uma boa pedida para as mães cinéfilas se divertirem, sem desgrudarem dos bebês. Em geral, eles assistem aos filmes comportados, mas o choro as vezes é inevitável – o que não incomoda a nenhuma das frequentadoras corujas. Veja a programação aqui.
Em turmas divididas por idade, bebês de 4 a 8 meses e de 8 meses a 1 ano vivenciam brincadeiras com os pais. Na primeira parte da aula, a professora fala sobre a importância de estimular o desenvolvimento da criança por meio de atividades lúdicas. Depois, estimula-se a parte sensorial e motora da criança, como uma sessão de massagem com bolinhas. A próxima atividade será no dia 17 de setembro.
A festa mensal é uma oportunidade para os baladeiros de plantão não perderem a prática enquanto cuidam de seus pequenos. Além de rock, clássicos e música eletrônica, não faltam canções infantis. O público-alvo são as crianças de 5 a 10 anos, mas os bebês também são bem-vindos. O local possui uma piscina de bolinhas e bichinhos de pano só para agradá-los.
“No meio da festa, também trazemos um show de circo, com mágicos, palhaços ou malabaristas. É a hora em que a criança senta e muda um pouco o ritmo”, diz a idealizadora Claudia Assef. “Temos também uma área externa com 2 000 metros de verde. Não queríamos uma ‘caixa preta’ como é uma boate para adultos.” Além disso, o ar-condicionado é regulado para o conforto dos menores, assim como o volume do som e a iluminação. Ainda, um microondas está à disposição para esquentar mamadeiras e papinhas. A próxima edição será no dia 13 de outubro, no Museu da Imagem e do Som.
Se uma boa música é capaz de acalmar os corações adultos, isso não é diferente com os bebês. O CD Vida de Bebê, de Isadora Canto, de 37 anos, chegou a ser indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil em 2007. Ele é usado nos cursos que a artista oferece semanalmente em espaços como a Casa Moara e a Casa do Brincar. “Por meio do canto, relaxamento, composição de canções e outras atividades musicais, o Acalanto ajuda a mãe a aproximar-se do universo infantil ainda distante”, explica Isadora.
As alunas são incentivadas a reproduzir cantigas que falam sobre o momento que estão vivendo, como a hora do banho, o acordar e o instante que ela conhece o filho, após o parto. “Viajei para Noruega, Dinamarca e Argentina para conhecer grupos que fazem trabalhos parecidos”, conta. Em suas pesquisas, a idealizadora constatou que a frequência da voz cantada da mãe é diferente da voz falada. “Ela chega de maneira mais pura e saudável para o bebê. Algumas demoram para se reconectar ao filho depois que eles saem da barriga. Aqui, esse vínculo se desenvolve de uma maneira muito emocionante.” Veja onde encontrar os cursos.