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Conheça as obras do Pompidou, de Paris, que chegam ao MAM

A mostra <em>Circuitos Cruzados </em>vem sendo preparada pela curadora Paula Alzugaray há pelo menos três anos

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h23 - Publicado em 18 jan 2013, 21h15

A exposição Circuitos Cruzados, que o público confere no Museu de Arte Moderna (MAM), vem sendo preparada desde 2010. A pesquisadora e curadora independente Paula Alzugaray viajou a Paris com o objetivo de estabelecer alguma relação entre obras de arte contemporânea de lá com as daqui, especialmente as produções que fossem feitas em vídeo.

O Centre Georges Pompidou foi a primeira instituição a criar um acervo de vídeos de artistas europeus, em 1980, e portanto abriga atualmente uma coleção extensa e interessante, que totaliza cerca de 1 600 obras. A belga Christine Van Asche é responsável pela área e co-curadora da mostra.

“O Departamento de Novas Mídias do Pompidou demonstrou muito interesse pela produção contemporânea brasileira e vislumbrou o quão interessante seria estabelecer um diálogo com as obras de lá”, conta Paula. A partir disso, a curadora procurou um museu brasileiro com o seguinte perfil: uma instituição que tivesse, ao menos, o início de uma coleção de produção em vídeo. “O MAM tem interesse nesse tipo de mídia e está começando a adquirir obras importantes no formato”, afirma Paula.

No total, são 45 obras do MAM e cinco do Pompidou, dos seguintes artistas: Vito Acconci, Peter Campus, Dan Graham, Bruce Nauman e Nam June Paik. O artista americano convidado Tony Oursler, autor do novo videoclipe do David Bowie, vai realizar uma performance ao vivo no dia da inauguração da exposição (22), uma projeção nas copas das árvores do Parque do Ibirapuera. A obra será documentada e exibida enquanto a exposição estiver em cartaz.

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A artista brasileira Lia Chaia também produziu uma obra inédita que será exibida na mostra, intitulada Piscina, uma videoinstalação em dois canais.

Paula organizou Circuitos Cruzados por palavras-chaves, que orientam os visitantes a estabelecer um diálogo entre as obras nacionais e internacionais. Entre as palavras-chaves de Vito Acconci, por exemplo, estão “confrontos” e “territórios”, enquanto as de Nam June Paik são “filosofia zen” e “natureza versus cultura”.

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