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Luis Melo apresenta visão apocalíptica do mundo em peça sem palavras

O intérprete de Atílio de <em>Amor à Vida</em> estreia <em>Ausência</em>, no Sesc Ipiranga

Por Bruno Machado
Atualizado em 5 dez 2016, 15h55 - Publicado em 9 jun 2013, 18h28
Atilio - Amor à vida
Atilio - Amor à vida (TV Globo/Divulgação/)
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Um mundo futurista no qual imperam o caos, a fome, a sede e a solidão. Esse é o mote de obras distópicas como 1984 de George Orwell, Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick e Ausência, colaboração da companhia franco-brasileira Dos à Deux com Luis Melo, que estreiou no Sesc Ipiranga neste sábado (8). Ambientada em uma Nova York futurista, num cenário que poderia ser do longa Blade Runner (1982), a peça usa apenas gestos para se comunicar com o público.

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Encarar o teatro gestual foi um dos grandes desafios para Melo que, durante muito tempo, trabalhou ao lado de Antunes Filho, no CPT, a palavra como expressão máxima. “O processo foi muito trabalhoso. Durante seis meses, eu, o André Curti e o Artur Ribeiro fomos despindo o espetáculo. Nossa prioridade era a simplicidade”, afirma.

Segundo Melo, a vontade de trabalhar com a companhia de André Curti e André Ribeiro é de longa data. “Faz tempo que nutrimos uma admiração mútua pelo trabalho um do outro. Nos aproximamos através de um produtor, e quando vimos, já estávamos trabalhando juntos”.

 

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O resultado, além de capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre também fez uma temporada na França, com apresentações em Paris, Bayonne, Elancourt e Aubergenville.  “A mensagem é universal, e atinge todos os públicos. Por não ter palavras, é um espetáculo muito acessível. Na França, vi muitos deficientes auditivos na plateia”, explica Mello.

Foi durante essa temporada francesa que o ator recebeu o convite de Wolf Maya e Mauro Mendonça Filho para participar de Amor à Vida, atual folhetim das 9h. “Eu dificilmente faço dois trabalhos simultâneos e estava muito preocupado em conciliar os ensaios de Ausência com as filmagens no Rio. O Wolf e o Mauro, que também são do teatro, me convenceram que iria dar certo. Por enquanto, está tudo correndo bem e estou muito feliz com os dois trabalhos”, afirma o intérprete de Atílio, que perdeu a memória num acidente de carro arquitetado pelo vilão Félix (Mateus Solano).

Quanto ao futuro do personagem, Melo faz segredo. “As pessoas me param na rua para perguntar o que vai acontecer com o Atílio, mas eu também não sei.  Eu acho que esse fator surpresa é o que mais diverte o público da novela, e a mim também”, diverte-se o ator.

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