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Festival CANVAS Audiovisuais leva instalações e shows aos Campos Elíseos

“A ideia é criar um espaço onde o VJ pode ser protagonista e se colocar no palco como artista principal”, diz o idealizador do evento, Felipe Brait

Por Tomás Novaes
28 abr 2023, 06h00
Imagem mostra telão com projeções vermelhas
Registro da edição passada do festival CANVAS Audiovisuais: projeções, música e arte. (Bia Ferrer/Divulgação)
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Música eletrônica, instalações artísticas e projeções de última geração. Assim será o CANVAS Audiovisuais, festival que acontece neste sábado (29) e domingo (30) no recém-inaugurado Gênese — Estúdio de Criação, nos Campos Elíseos.

Quem é ligado na cena da tech art paulistana já conhece o evento, que nasceu em 2010 em um formato de encontros entre VJs — sigla para video jockey, artista que manipula imagens em performances ao vivo.

Mas foi só no último ano que estreou como festival, em duas edições que tiveram recorde de público. “A ideia é criar um espaço onde o VJ pode ser protagonista e se colocar no palco como artista principal”, explica o curador e idealizador Felipe Brait.

Imagem mostra instalação com TVs e escada ao lado
‘Queda (Cascata)’, de Lucas Bambozzi: instalação com TVs. (Lucas Bambozzi/Divulgação)

A programação deste ano terá três instalações, de nomes como Arthur Boeira e Lucas Bambozzi, e seis apresentações ao vivo, incluindo as duplas formadas por Akin Deckard e VJ Grazzi — brasiliense que assina as projeções do show do rapper Baco Exu do Blues — e por DJ Paula Chalup e VJ Spetto — o responsável pelo video mapping da cerimônia de abertura da Olimpíada de 2016 e que esteve presente na última edição do evento.

“É um festival onde as pessoas vão para serem espectadoras de performances visuais, mas que pode virar uma pista de dança também. Isso além da área de exposição de obras interativas e sensoriais. É um cardápio muito interessante”, detalha o artista paulista.

Imagem mostra projeção com imagens da Amazônia sobrepostas
Xingu, do VJ Spetto com a DJ Paula Chalup: imagens de Bruno Gallerani. (VJ Spetto/Bruno Gallerani/Divulgação)

Há vinte anos atuando como produtor cultural, Brait acredita que os VJs brasileiros não recebem a devida atenção. “Você vê que os shows da Marina Sena, Anitta, Juliette, sempre têm aqueles telões, mas nunca o VJ é creditado direito, ou tem visibilidade”, diz.

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“O show do DJ Skrillex no Lollapalooza, por exemplo: o que a gente vai fazer neste final de semana é muito parecido. É muito louca a escala que a sociedade dá para o que é de fora”, completa.

Gênese — Estúdio de Criação. Rua Conselheiro Nébias, 891, Campos Elíseos, ☎ 98425-8256. Sáb. (29) e dom. (30), 19h às 23h. R$ 80,00. @canvas_av. ■

Publicado em VEJA São Paulo de 3 de maio de 2023, edição nº 2839

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