A obra Diving Lines consiste em registros de paisagens de são paulo em 360o, criados com um scanner panorâmico. projetadas na fachada do edifício da Fiesp, as imagens integram uma imersão em realidade virtual com óculos 3D. o trabalho foi produzido pelo coletivo britânico Marshmallow Laser Feast e outros treze artistas brasileiros.
Mais de 1 500 objetos foram depositados em prateleiras ligadas a dois globos da morte. Assinada por Nuno Ramos e Eduardo Climachauska, a criação O Globo da Morte de Tudo será ativada na próxima terça, 4, às 20h. Na ocasião, dois motoqueiros vão girar dentro das esferas. Com a trepidação, as peças despencarão no chão.
O trabalho Sala de Lectura Estrella integra a mostra Los Carpinteros: Objeto Vital. Projetada pela dupla cubana formada por Marco Castillo e Dagoberto Rodríguez, a peça feita de madeira é uma recriação do presídio onde Fidel Castro fcou detido entre 1953 e 1955, na Isla de la Juventud. Os artistas criticam a estrutura decadente do regime socialista e apresentam estantes ironicamente sem livros.
Quando o assunto é instalação, Cildo Meireles é a grande referência por aqui. A mistura de perspicácia, crítica e pesquisa resulta em obras como Strictu II, na qual ele usa materiais como algemas, barras de ferro e correntes. Combinados, os elementos produzem um belo efeito estético. A obra remete à repressão e à tortura durante a ditadura militar.
Três ambientes formam a instalação Repouso, da paulistana Laura Gorski. Contendo pedras, gravetos e um barco, os espaços foram parcialmente pintados de preto. Assim, o visitante parece mergulhar gradativamente no espaço escuro. A sensação de tranquilidade e solidão contrasta com o clima da nossa caótica cidade.