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Evangélico e abstêmio, Thiago Mansur faz sucesso nas pistas

DJ é uma figura ímpar no universo das baladas

Por Ricky Hiraoka
Atualizado em 5 dez 2016, 14h17 - Publicado em 12 jul 2014, 00h00
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Antes de entrar para comandar os pick-ups de uma boate, Thiago Mansur ora. “Peço a Deus para abençoar o momento de diversão e que as pessoas não bebam demais, fujam das drogas e voltem para casa em segurança”, conta. O DJ é uma figura ímpar no universo das baladas: evangélico praticante (frequenta a Igreja Cristã Maranata, em Higienopólis, mesmo bairro onde cresceu), não consome álcool e faz esportes. “Encher a cara impossibilita que eu treine jiu-jítsu no dia seguinte”, justifica.

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Aos 31 anos, o profissional paulistano ganhou destaque também pelo talento. Firmou-se como o principal nome de EDM (electronic dance music) do país e agora começa a conquistar mercado fora daqui. Com agenda cheia até setembro, ele se apresenta mensalmente no Lavo, clube descolado de Nova York, e acaba de ser escalado para dois grandes eventos estrangeiros. Em julho, toca no Tomorrowland, o maior festival de música eletrônica do mundo, sediado na Bélgica. Em novembro, é a vez do cruzeiro All Gone to Sea, que sairá de Miami e reunirá nomes cultuados como o escocês Calvin Harris. “A projeção internacional deve dobrar meu cachê”, comemora Mansur, que cobra atualmente entre 15 000 e 60 000 reais por duas horas de set.

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Sua carreira nessa área começou por acaso. Ex-modelo, ele figurou no início dos anos 2000 em campanhas da grife Calvin Klein, passou uma temporada em Nova York e teve seus cinco minutos de fama ao ser apontado como affair de Britney Spears. “Eu a conheci em uma festa, mas nunca rolou nada”, jura. É casado há quatro anos com a designer de joias Maria Rosa, com quem mora no bairro de Pinheiros.

Ao voltar para o Brasil, em 2006, investiu as economias em uma balada, a Nast, nos Jardins. Lá, observava os DJs e aprendeu a mexer na mesa de som. Quando algum se atrasava, assumia o comando. Tomou gosto pela função e passou a estudar por conta própria para se aperfeiçoar. Ao deixar a Nast, em 2008, virou sócio do grupo responsável pela filial paulistana da boate nova-iorquina Pink Elephant e tornou-se residente da casa. “A fama que a Pink me deu fez com que me chamassem para tocar Brasil afora”, acredita Mansur, que não toca músicas com conteúdo agressivo, palavrões ou menções ao diabo nas letras e tem certeza de que sua ascensão profissional faz parte de um plano divino. “Sei que tudo é obra do Senhor.”

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