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Diretor da Torre Eiffel sobre ponto turístico da capital: “Me deu ideias”

O francês Patrick Branco Ruivo visitou lugares como o Masp e a Sala São Paulo e quer mais brasileiros no ícone parisiense

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 out 2022, 06h00

A capital paulista não é, exatamente, uma referência turística. Mas tem um enorme potencial. O diretor-geral da Torre Eiffel, Patrick Branco Ruivo, veio de Paris visitar a cidade entre 18 e 22 de setembro e atestou o talento.

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“Essa é minha primeira vinda ao Brasil em vinte anos, e é natural que fosse em São Paulo, o centro econômico”, diz o executivo, que participou do evento France Excellence América Latina 2022, no dia 19, no hotel Rosewood São Paulo.

O visitante francês foi a pontos famosos, como a Avenida Paulista e a Sala São Paulo, e aproveitou para trocar suas impressões com a reportagem da Vejinha.

“Nunca tinha visto a Paulista assim, fechada à circulação (de carros) e achei muito interessante. É uma maneira de os habitantes de São Paulo ocuparem a cidade. Parei e vi pessoas a dançar samba, a cantar, e mais longe havia gente a fazer política. A vida é isso”

A Torre Eiffel — que passa por uma baita reforma para a Olimpíada de 2024 — recebe por volta de 20 000 pessoas diariamente (75% delas, de fora da França). A previsão da empresa que Branco Ruivo dirige, a Société d’Exploitation de la Tour Eiffel (Sete), é que neste ano pintem por lá cerca de 6 milhões de turistas (desde abril, não há mais restrições sanitárias ali).

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Para comparar: a capital contabilizou a passagem de 2,3 milhões de estrangeiros em 2019, no período pré-pandemia, último dado obtido pelo Observatório de Turismo e Eventos, da São Paulo Turismo.

“A meta de 2023 é dobrar o número do público brasileiro na torre e voltar aos 240 000 anuais de antes da pandemia”, afirma o diretor. “Representam a décima nacionalidade que mais visita a atração.”

Curiosamente, somos a quarta nacionalidade que mais come no restaurante Le Jules Verne e a quinta que mais vai ao Madame Brasserie, estabelecimentos instalados dentro do símbolo-mor parisiense.

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Terraço Itália
(Renan Kaldiris/Divulgação)

“Restaurante perfeito, que nos envolve em um ambiente descontraído com os paulistas” Terraço Itália

“Queremos melhorar a oferta de serviços oferecidos ao brasileiro, e estou aqui para saber quais são as expectativas do público”, comentou no evento, em português invejável. Explica-se. Além de ter pais portugueses, o francês de Moeux, nos arredores da capital, viveu durante seis meses em Brasília, duas décadas atrás, quando estagiou na Embaixada da França.

No tour paulistano, assistiu a um concerto da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com a São Paulo Companhia de Dança — o repertório era de Heitor Villa-Lobos na Sala São Paulo.

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Sala São Paulo
(Reinaldo Canato/Osesp/Divulgação)

“Senti a mesma emoção que sinto nos concertos em Paris. A arquitetura é completamente original: renovar uma estação em sala de concerto enquanto continuo a ver os trens partindo” Sala São Paulo

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(Re)encantou-se com a arquitetura do lugar e comparou o local com um novo ponto turístico daqui: “É como restaurar a maternidade (Matarazzo) e a transformar em hotel (Rosewood). O resultado é muito bom”.

“São Paulo tem de promover isso em prédios muito antigos e se orgulhar desse patrimônio. Em Paris, conseguimos conservar o patrimônio e continuar a inovar”, afirma.

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Interior do MASP

“Fui ver a exposição permanente do Masp e gostei muito da cenografia, os ‘quadros de vidro’. Achei interessante. Me deu ideias para os cartazes de informação da torre”

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Foi, ainda, ao Parque Ibirapuera e passeou pela Avenida Paulista, que nunca havia visto fechada aos carros (a prática começou em 2015, durante o governo Fernando Haddad). Visitou também o Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde foi seduzido pelos cavaletes de vidro, criados pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi.

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“O parque é muito bonito, e, quando se está ali, é possível ver os prédios, o que também é muito belo. E há muitas atrações” Parque Ibirapuera

“São Paulo é uma cidade com muita energia. Vai depender da vontade dos investidores para realizar projetos interessantes”, acredita. “São eles que vão dar um impulso.” E qual seria a “Torre Eiffel” da capital paulista? Não existe. “Para mim, o equivalente dela no Brasil, o que me causa uma emoção muito forte, é o Corcovado, no Rio”, confidencia. Difícil argumentar contra o magnetismo do Cristo Redentor.

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Publicado em VEJA São Paulo de 12 de outubro de 2022, edição nº 2810

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