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Filho de Arnaldo Antunes estreia no cinema em ‘A Busca’

Em  seu primeiro filme, Brás Antunes interpreta filho de Wagner Moura, e  afirma não ter vontade de fazer novela

Por Bruno Machado
Atualizado em 16 Maio 2024, 18h08 - Publicado em 12 mar 2013, 20h05
Brás Antunes
Brás Antunes (Divulgação/)
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“Ele é um garoto parecido comigo. É magro, alto, tem cabelo comprido, como eu tinha, na época das filmagens, e é muito calmo”. É assim que Brás Antunes define Pedro, de  A Busca, longa-metragem nacional que chega aos cinemas na próxima sexta-feira (15). Ao descrever o personagem, quase sem querer, o jovem estudante de 16 anos, acaba descrevendo a si mesmo.

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Tudo começou há cerca de dois anos, quando Brás, filho do músico Arnaldo Antunes, recebeu uma mensagem pelo Facebook de uma produtora de elenco da O2 Filmes. O adolescente havia sido indicado por um amigo, o ator Max Huszar, de À Deriva, dirigido por Heitor Dahlia.

Mesmo sem nunca ter atuado – “nada além das peças escolares”, diz –, Brás arrancou elogios de Chico Acioly, diretor de casting do filme, e foi selecionado para interpretar o personagem que um dia foge de casa, colocando seu pai, o atarefado Theo (Wagner Moura), em seu encalço. 

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“Ele é um menino encantador e que tem um quê misterioso – era justamente o que queríamos para o personagem”, afirma Acioly que, junto de Anna Luiza Paes de Almeida, especializou-se em buscar novos e jovens talentos em escolas e, mais recentemente, também nas redes sociais. Laura Neiva, que também atuou na fita de  Dahlia, é o seu achado mais famoso.

Contou para a escolha do jovem a certa semelhança física com a atriz Mariana Lima, que interpreta sua mãe, afirma Acioly. “Só precisávamos saber como ele reagiria diante da câmera, pois o Pedro tem uma certa agressividade guardada e não sabíamos se o Brás conseguiria dar vazão a isso”, afirma o produtor de elenco. Porém, ainda era necessário que o diretor Luciano Moura batesse o martelo. “Ele é muito rigoroso e escreve personagens profundos e complexos. Às vezes não concorda com as minhas escolhas, mas em relação ao Brás, não havia dúvida: ele é o Pedro”.

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As filmagens duraram 15 dias, período no qual Brás se lembra de trabalhar com um diretor muito confiante e um ator que ele admira. “O Luciano foi ótimo comigo, me deu várias dicas e me orientou em todas as tomadas. Quanto ao Wagner, só posso dizer que foi um privilégio trabalhar com uma das grandes estrelas do nosso cinema”, orgulha-se. 

Também foram duas semanas de aula perdida. “Depois eu consegui repor tudo”, garante o aluno do 2º ano do Ensino Médio, que cogita fazer faculdade de artes cênicas. “É uma possibilidade, mas ainda não decidi”, afirma Brás, que diz querer continuar a atuar. “Participei de um casting de uma série do GNT, mas não passei. Tenho interesse em fazer séries de televisão e cinema, mas não tenho vontade de trabalhar em novelas. Elas comprometem muito o tempo do ator”, afirma.

Mesmo guardando semelhanças com seu personagem, uma coisa os difere um do outro: o relacionamento com o pai. Se Pedro não se dá bem com Theo, o mesmo não pode ser dito sobre Brás e Arnaldo. “Meus pais são separados, mas como moram muito perto um do outro, isso acaba não sendo um problema para mim”, explica o jovem, filho de Antunes com Zaba Moreau. “Quando ele está trabalhando em algum projeto, sempre pede a minha opinião. Eu raramente dou sugestões. Confio no trabalho dele”, afirma o rapaz, que participou de um videoclipe da música Olha Pra Mim, ao lado do pai, para promover o longa.

E, para quem acha que Brás só foi parar no cinema por conta do pai famoso, Chico Acioly se adianta: “Isso é uma tremenda bobagem. O fato de ele ser filho do Arnaldo Antunes é uma mera coincidência. Se o Brás está em A Busca, o mérito é todo dele. Ele lutou pelo papel e é um verdadeiro luxo tê-lo no nosso longa.”

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