Casa de shows Bona reabre no Sumaré com espaço maior e outras novidades
Local dedicado à nova cena MPB começa nova etapa em maio e já conta com programação quente, com shows de Alice Caymmi, Jota.Pê e Projeto Primo
O Bona Casa de Música está de endereço novo. Após seis anos de atividade em um imóvel de tijolinhos à vista em Pinheiros, reabrirá, no próximo dia 3, em um espaço maior, no Sumaré, a poucas quadras do metrô Vila Madalena.
Na Rua Doutor Paulo Vieira, 101, uma residência, uma oficina mecânica e um pequeno restaurante por quilo, todos de um mesmo proprietário, deram lugar ao novo espaço musical.
Mesmo com a capacidade ampliada — de noventa para 120 pessoas sentadas, e de 150 para 220 em pé —, a sócia Manuela Fagundes garante que o clima intimista dos espetáculos não mudará.
“A gente pensa muito sobre o tamanho. Em ser aconchegante e também único — existem casas de 500, de 1 000 lugares, mas não muitas de 120, 150. A nossa curadoria é muito articulada com o espaço”, diz ela, que fundou o estabelecimento em 2017 junto de Kike Moraes, seu marido.
A sociedade ficou completa em agosto de 2020 com a chegada de Gustavo Luveira, vice-presidente de marketing da empresa 30E.
Com patrocínio da Heineken, o trio reabriu o lugar após os anos difíceis da pandemia e emplacou uma programação movimentada até receber, em agosto passado, a notícia de que teria de deixar o imóvel, vendido à incorporadora Yuny.
Após cinco meses de pausa, a casa reserva outras novidades. A maior é um bar e restaurante independente da sala de shows, com a possibilidade de receber público só para comes e bebes.
“Pelo tamanho, agora conseguimos também fazer duas sessões de show no mesmo dia”, complementa Manuela. Um camarim espaçoso e mais banheiros também chegam para somar na experiência.
O cardápio seguirá sem mudanças, assim como a programação musical, focada na nova cena da MPB — a primeira atração, no dia 3, a partir das 21h, será o Projeto Primo, trio formado por Paulo Novaes, Bruna e Lucas Caram (ingressos a 120 reais).
Com outros destaques como Alaíde Costa, Alice Caymmi e Jota.Pê, a programação está preenchida até junho e já conta com dias esgotados.
“Acho que o nosso coração precisa se manter, a gente já tem uma comunidade, quero que esse público nos reconheça e continue se sentindo em casa”, diz a administradora.