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No auge aos 86: Alaíde Costa lança disco produzido por Emicida

"Só agora as melhores chances estão surgindo", disse a cantora em entrevista à Vejinha; O que Meus Calos Dizem sobre Mim foi lançado na quinta (19)

Por Tomás Novaes
Atualizado em 20 Maio 2022, 14h15 - Publicado em 20 Maio 2022, 06h00

A cantora carioca Alaíde Costa continua a colher os frutos de uma longa e consistente carreira de altíssimo nível aos 86 anos. Aliás, está no auge. Nunca uma cantora de grandes plateias, mas sempre uma unanimidade entre os músicos, ela lançou mais um disco na última quinta (19), o número 23 de sua carreira e intitulado O que Meus Calos Dizem sobre Mim (2022), produzido por Marcus Preto e Emicida.

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Esse é o terceiro álbum desde 2020 que se soma a uma extensa carreira independente, cujo capítulo mais frutífero ocorre agora. “Foi e tem sido bem difícil, ainda. Só agora as melhores chances estão surgindo. É uma luta constante, porque eu nunca fui chegada às concessões. Se as tivesse feito, acho que não estaria hoje tendo o privilégio de ter esse trabalho com o Emicida e outros tantos mais”, diz, num balanço para Vejinha.

Imagem mostra mulher sentada ao lado de homem, ambos sorrindo. Atrás dos dois, em pé, um homem sorrindo também
A veterana em boa companhia: com os produtores Emicida e Marcus Preto. (Ênio Cesar/Divulgação)

Como se não bastasse o peso de estar no icônico disco Clube da Esquina (1972), de Milton Nascimento e Lô Borges, cantando ao lado de Milton o samba Me Deixa em Paz, ela mantém uma trajetória iniciada em 1955 com um repertório sempre refinado, sem concessões à indústria.

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Precursora da bossa nova, Alaíde começou no movimento quando ele “nem nome tinha”, costuma dizer. Mas, após se mudar para São Paulo, em 1961, e o movimento liderado por nomes como João Gilberto explodir, foi deixada de lado. “Depois que a bossa nova ficou famosa, fui esquecida. Mas isso não me chateia porque não fiquei nela”, garante. “Segui meu caminho. Não fiquei na coisa do banquinho e violão.”

A carreira original seguida por Alaíde teve a importância escancarada nesse último trabalho. Foi só abrir a porteira que o elenco estelar de compositores se formou. João Bosco, Joyce e Fátima Guedes estão nesse novo disco que traz também parcerias inéditas, que unem gerações, como Erasmo Carlos e Tim Bernardes em Praga e Ivan Lins e Emicida em Pessoa-Ilha.

Como houve um fenômeno de adesões de nomes, entre os quais Francis Hime, Guinga e João Donato, que não pensaram duas vezes antes de enviar canções inéditas, o trabalho deve se multiplicar numa trilogia.

Sobre O que Meus Calos Dizem sobre Mim, o produtor Marcus Preto acredita ser um marco na carreira de Alaíde. “Espero que realmente seja importante, uma renovação de público e uma confirmação de um público já existente. Para mim, ela mudou todo o meu jeito de pensar música”, diz.

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Publicado em VEJA São Paulo de 25 de maio de 2022, edição nº 2790

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