Biografias autorizadas estreiam nas telas

Duas formas de contar histórias nos documentários brasileiros Laura e Sobral

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 15h29 - Publicado em 1 nov 2013, 16h52
laura
laura (Divulgação/)
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A produção de documentários nacionais está tão intensa que muitos tendem a ficar apenas uma semana em cartaz. Além da quantidade, há diversidade de formatos.

Convencional e correto em sua proposta de homenagem, Sobral — O Homem que Não Tinha Preço narra a trajetória do famoso jurista sob a ótica da neta dele, a realizadora Paula Fiuza. Sobral Pinto (1893-1991) foi um ferrenho defensor dos direitos humanos, sobretudo na época do regime militar.

Uma das curiosidades do filme está ligada ao líder comunista Luiz Carlos Prestes. Sobral interveio para que a filha dele e da judia Olga Benário voltasse da Alemanha para o Brasil durante a II Guerra. A partir daí, Sobral e Prestes tornaram-se grandes amigos. As histórias de seu passado profssional, na voz de advogados e historiadores, empolgam menos do que saber de intimidades, como a infidelidade conjugal confessada aos filhos numa carta.

 

Em outra direção ruma Laura. Amigo da imigrante argentino-brasileira homônima, o diretor Fellipe Barbosa a persegue por badaladas festas em Nova York na intenção de flagrar sua glamourosa energia. Embora tenha um ponto de partida criativo, a fita cai conforme Laura demonstra ser prepotente.O registro toma, assim, um caminho desinteressante.

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