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Bruna Guerin, a vilã com jeito de mocinha na novela das 7

Conhecida no teatro musical, a atriz é destaque na novela Salve-se Quem Puder como a irmã invejosa de Deborah Secco

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 21 fev 2020, 06h00 - Publicado em 21 fev 2020, 06h00

Rosto angelical, olhos verdes, cabelos loiros e voz doce. Diante do perfil de princesa, a atriz paulistana Bruna Guerin, de 32 anos, seria uma aposta óbvia da Rede Globo para personagens delicadas e de índole inabalável. Não é assim, porém, que a artista, depois de participar de dezenove peças e conquistar reconhecimento no teatro musical, chega ao grande público. Em Salve-se Quem Puder, a novela das 7 que estreou em 27 de janeiro, ela vive a invejosa Petra, uma modelo medíocre obcecada em se tornar atriz de sucesso, tal qual a irmã, Alexia (interpretada por Deborah Secco), que, no início da trama, é dada como morta. Só que devido à falta de talento dramático, a personagem só se dá mal e oferece terreno para Bruna mostrar a veia cômica já explorada nos palcos.

Na novela das 7: a atriz contracena com Thiago Fragoso (João Miguel Júnior/Globo/Veja SP)

Feito quase impossível entre novatos no vídeo, Bruna assinou contrato com a emissora sem nem sequer enfrentar testes. “Eu chorei de alegria, porque já fui reprovada em tantas tentativas que perdi as contas”, declara ela, que, até então, carregava a frustração de um papel inexpressivo na novela Duas Caras, em 2007, quase limitado a uma figuração. O convite, desta vez, veio diretamente do autor de Salve-se Quem Puder. Daniel Ortiz conhecia seu trabalho dos musicais e confiava nas ótimas referências de amigos, como os atores Claudia Raia e Marcelo Medici, parceiros de Bruna em outros projetos. “Sempre quis lhe dar uma chance para entrar na televisão com o pé direito e, através da Petra, enxerguei a oportunidade”, afirma Ortiz. Claudia, por sua vez, que contracenou com a atriz no musical Cantando na Chuva (2017), prevê um futuro promissor para mais uma de suas pupilas. “Ela deve se transformar em um curinga porque canta, dança, pode viver a mais ordinária das vilãs ou uma sofredora e ainda traz a essência dos grandes comediantes. É completa”, elogia.

Cantando na Chuva (2017): no palco com Jarbas Homem de Mello, Claudia Raia e Reiner Tenente (Paschoal Rodrigues/Veja SP)

Bruna foi criada no Morumbi, frequentou a Escola Suíço-Brasileira e começou as aulas de balé aos 5 anos por orientação do ortopedista. Nem as botinhas surtiam efeito em seu pé torto. Os estudos de teatro vieram na adolescência para aliviar a timidez e, mesmo formada em comunicação, ela entendeu que seu chão era o palco. Estreou em uma versão de Romeu e Julieta em 2005 e ganhou estofo com espetáculos comandados por Charles Möeller e Claudio Botelho, como Hair, O Mágico de Oz e Rock Horror Show. O reconhecimento chegou com Urinal, dirigido por Zé Henrique de Paula, que explorava os agudos de sua voz e lhe rendeu o Prêmio Bibi Ferreira de melhor atriz. O mais recente trabalho teatral é o musical Lazarus, de David Bowie, visto em São Paulo no ano passado e em cartaz no Rio de Janeiro até a metade de março. “É diferente de tudo o que fiz porque precisei buscar uma voz mais crua, mais suja e me preocupar muito menos com a afinação exigida na maioria das produções do gênero”, conta.

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Urinal (2015): Bruna (na foto com Caio Salay) venceu o Prêmio Bibi Ferreira (Ronaldo Gutierrez/Veja SP)

O sucesso profissional vem acompanhado da sorte no amor. Há dois anos Bruna namora o ator Gabriel Godoy, de 36. Eles se cruzaram em uma festa em 2018 e rolou o que ela chama de uma conexão. Afinal, se conheciam de vista fazia um bom tempo. O rapaz embarcaria em uma semana para três meses de estudos no Canadá e convidou a nova paixão para acompanhá-lo. Bruna não foi de imediato, mas conseguiu dez dias de folga e desembarcou lá de surpresa. Não se largaram mais. “Durante as gravações da novela Verão 90, eu batia o texto com ele. Agora é a vez de o Gabriel ser o meu coach e ensaiar as cenas de Salve-se Quem Puder comigo”, brinca a atriz, revelando que, na vida real, carrega a alma de mocinha.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 26 de fevereiro de 2020, edição nº 2675.

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