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Baterista paulistano desvenda história de estúdio de George Martin no Caribe

Após quatro anos de pesquisa sobre local onde foi gravado 'Every Breath You Take', do The Police, músico lança o livro 'Na Rota do Furacão' em São Paulo

Por Tomás Novaes
Atualizado em 28 Maio 2024, 09h01 - Publicado em 31 mar 2023, 06h00
Imagem mostra estúdio destruído, com piscina abandonada
As ruínas do AIR Montserrat, em 2022: estúdio recebeu artistas como Paul McCartney, Elton John e Stevie Wonder. (Arquivo pessoal/Divulgação)
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A história nunca antes contada em detalhes do estúdio de George Martin (1926-2016), produtor dos Beatles, que funcionou por dez anos em uma ilha do Caribe e recebeu artistas como Paul McCartney, Elton John e Stevie Wonder, virou livro nas mãos de um músico paulistano.

Após quatro anos de intensa pesquisa do baterista e produtor musical Roberto Sallaberry, Na Rota do Furacão (2023, 152,90 reais) será lançado em São Paulo nesta quarta-feira (5), na Faculdade Souza Lima.

Imagem mostra casa e estúdio em local aberto
O estúdio, nos anos 80: isolado em uma ilha no Caribe. (Scott Woodman/Divulgação)

“Eu sempre fui aficionado por estúdio. E, em 2019, vi no Facebook a imagem de um lugar destruído. Fui procurar informações, mas não existia praticamente nada”, conta o instrumentista.

Aos poucos, Sallaberry foi desatando os nós sobre o local onde foram gravados clássicos como Every Breath You Take, da banda The Police, e Money for Nothing, do Dire Straits — e que está abandonado há mais de três décadas.

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Inaugurado em 1979 pelo “quinto Beatle” na ilha de Montserrat, território britânico no Caribe, o AIR Montserrat funcionava como um refúgio dos grandes centros, mas com equipamento da mais alta qualidade.

“Essa onda de isolar o artista era mais rentável, porque a gravação durava menos tempo”, explica Sallaberry, que entrevistou Judy Lockhart Smith, a viúva de Martin, além de músicos que gravaram lá e até o cozinheiro do local.

Imagem mostra homem de roupas pretas agachado em frente a portão
Sallaberry, no portão do estúdio: pesquisa intensa. (Arquivo pessoal/Divulgação)
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Em 1989, o estúdio encerrou de vez suas atividades com a passagem do furacão Hugo — o que, para o brasileiro, não foi o único motivo. “A indústria fonográfica estava mudando do analógico para o digital, e a operação em Montserrat não era mais tão rentável”, concluiu.

Em 2022, Sallaberry, que mora nos Estados Unidos, conseguiu fazer uma visita in loco. “Fui depois de praticamente ter finalizado o livro, e entendi muito mais o que era aquilo”, diz ele, que gravou um documentário sobre a viagem, que será exibido no lançamento, e também um áudio de percussão corporal, que faz parte do seu novo single, Beyond the Air, previsto para a próxima semana.

“O meu sonho, de um dia poder gravar no AIR Montserrat, de alguma maneira, se realizou”, brincou. Faculdade Souza Lima. Rua Maria Figueiredo, 560, Paraíso, ☎ 94051-4332. Qua. (5), a partir das 16h. R$ 25,00. @souzalimaoficial.

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Publicado em VEJA São Paulo de 5 de abril de 2023, edição nº 2835

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