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Comércio do Pari tem boas ofertas para quem quer economizar

Região vende produtos a preço de 25 de Março, mas sem tradicional empurra-empurra

Por Barbara Öberg Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 fev 2017, 14h44 - Publicado em 10 fev 2017, 19h36
Bem Me Quer Bichos de Pelúcia: uma das inaugurações do bairro (Foto: Leo Martins) (/)
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Treze quarteirões entre a Avenida Vautier e a Rua Tiers, no Pari, formam um dos principais centros comerciais de artigos de decoração e utensílios domésticos da capital. Toda semana, sobretudo às segundas e terças, dezenas de ônibus lotados de sacoleiros (grande parte deles mineiros, cariocas e catarinenses) chegam ao local para um dia inteiro de garimpo.

Essa rotina se repete há pelo menos duas décadas. Nos últimos três anos, no entanto, o perfil do pedaço começou a mudar. Pontos de venda de objetos para a casa passaram a dividir espaço com lojas de bijuterias, fantasias, brinquedos e eletrônicos, que praticam preços até 50% menores que os encontrados em shoppings.

A região virou uma espécie de 25 de Março, com a vantagem de ter bem menos gente. Entre o fim de 2016 e o início deste ano, a Avenida Vautier, a principal via do bairro, ganhou cinco lojas com a cara da 25 de Março, entre elas a Fantasias Radicais, a Bem Me Quer Bichos de Pelúcia e a Galega Bijuterias.

Essa última, aliás, saiu da Avenida Senador Queirós, na região da 25. “Resolvemos trocar de lugar porque o aluguel aqui é mais barato”, explica a gerente Lucineide Araújo. “Pelo mesmo preço que pagávamos por uma sala no 2º andar de um prédio, conseguimos um ponto de maior visibilidade.”

Na Galega Bijuterias, os produtos em geral vêm da China, mas também há peças brasileiras, como um colar de búzios, que sai por 6 reais (ambulantes no Rio de Janeiro vendem o item por 15 reais). Os novos estabelecimentos se juntaram a outros que já vinham fazendo sucesso no Pari. O maior deles é o Issam, fornecedor da famosa rede Armarinhos Fernando. Trata-se de um megagalpão de 5 500 metros quadrados com 9 400 itens.

Ali, o valor mínimo que se deve gastar é 200 reais, mas o preço de cada peça vale a pena: começa em 58 centavos (o valor de um kit de elástico de cabelo). Outro destaque é a Campineira, com itens divididos em mais de 150 categorias, de eletrônicos a acessórios automotivos. “O bairro é perfeito para repor pratos e copos quebrados e encontrar panelas sem a muvuca da 25 de Março e dos arredores”, comenta a comerciante Márcia Marques, dona de um restaurante no centro.

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A recente mudança no perfil das lojas do Pari vem se refletindo no tipo de público que frequenta o local. Se até pouco tempo atrás o pedaço era dominado por comerciantes de todo o país que compravam no atacado, hoje é comum encontrar gente interessada em adquirir itens avulsos, a preços módicos, para presentear amigos e familiares ou decorar a casa.

Para essa nova clientela, os lojistas criaram dias especiais de compras: de quinta a sábado. É quando acontecem as grandes promoções, como “leve três e pague dois”, ou a venda de produtos no varejo pelo mesmo preço do atacado, ou seja, com valores ainda mais em conta. Por enquanto, os empresários da 25 parecem não se incomodar com a concorrente. “Está muito longe de chegar ao nosso patamar”, afirma Alexandre Navarro, diretor da União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).

Segundo estimativas dos lojistas, cerca de 200 000 visitantes passam diariamente pelas 200 lojas de rua da zona comercial do Pari. A 25 reúne mais estabelecimentos do mesmo tipo (450) e contabiliza o triplo do movimento de pessoas. “Mas dispomos de espaço para crescer e de uma organização maior”, entende Gustavo Dedivitis, presidente da Federação de Varejistas e Atacadistas do Brás (Fevabras).

Apesar da localização central, ao lado do Brás e perto da Avenida do Estado, o acesso por transporte público é complicado. A Estação Armênia do metrô, a mais próxima dali, fica a cerca de 1,5 quilômetro. A melhor maneira de chegar é de carro. Há vários estacionamentos nas imediações, que cobram de 15 a 30 reais por dia.

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Também não há boa estrutura de restaurantes. Para almoçar na região, uma boa opção é a praça de alimentação do Shopping Galeria Pagé Brás, aberto em dezembro do ano passado, a duas quadras de distância — aliás, o local é igualmente lotado de pechinchas, de roupas a eletrônicos.

Para levar na sacola
Selecionamos seis peças que valem a ida até o Pari

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Comercial Gomes
Quadro porta-rolhas. R$ 45,00. Rua Conselheiro Dantas, 245, ☎ 3311-1360

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Brink & Lar
Kit com doze copos de 340 mililitros. R$ 49,99. Rua Tiers, 561, ☎ 3227-3553

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Fernet
Mochila. R$ 32,42. Avenida Vautier, 683, ☎ 3229-2166

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Issam
Guarda-sol de 2,20 metros. R$ 85,98.

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Boia-espaguete. R$ 2,98. Avenida Vautier, 468, ☎ 3314-6400

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Du Chapéu
Jogo com seis pratos de sobremesa. R$ 60,30. Avenida Vautier, 455, ☎ 2126-5700

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