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Com estampas psicodélicas, grife veste de Anitta a clientes plus size

A.rolê foi criada pela paulistana Luiza Gil, e tecidos estampam bodies, blusas de amarração, vestidos e macacões, calças fluidas, golas rolês e luvas

Por Fernanda Campos Almeida
2 abr 2021, 06h00

Quando Luiza Gil, 29, nascida em São Paulo e criada no Rio Grande do Sul, produzia roupinhas de bonecas ainda criança com a avó, nunca imaginaria que suas peças seriam um dia usadas por celebridades como Sabrina Sato, Pabllo Vittar e Paolla Oliveira. “A moda sempre fez parte da minha vida”, relembra.

A jovem passou alguns anos em Buenos Aires para cursar produção de moda. Com baixa demanda em Porto Alegre, recebeu uma proposta para trabalhar no escritório da estilista Yasmine Sterea e se mudou de vez para a capital paulista. Com o tempo, Luiza participou de diversos projetos como freelancer, foi assistente dos stylists Daniel Ueda e Renata Correa e percebeu uma carência no mercado brasileiro da moda. “Em muitos editoriais pediam luvas e peças diferenciadas, mas tinha dificuldade de achar esses itens. Eram sempre de brechós, com aspecto mais vintage”, afirma.

Paolla Oliveira posando para a foto na divulgação da novela A Dona do Pedaço
Body: Paolla Oliveira na divulgação da novela A Dona do Pedaço (Divulgação/Divulgação)

A designer teve a ideia de lançar a marca A.rolê (@a.role_) em 2018, com tecidos coloridos e psicodélicos, que estampam bodies, blusas de amarração, vestidos e macacões justos, calças fluidas, golas rolês e, claro, luvas. “São acessórios democráticos, um dos poucos itens de vestir que não têm tamanho ou gênero”, opina.

Além da influência das décadas de 70 e 80, Luiza se inspirou no futurista francês André Courrèges, na rival italiana de Coco Chanel, Elsa Schiaparelli, no espanhol estilista de luxo Cristóbal Balenciaga e até no estilo do músico David Bowie.

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Não demorou muito para que as famosas notassem as peças e passassem a usá-las em apresentações de programas e clipes de música, dando visibilidade ao negócio. “A primeira foi a Anitta. O stylist dela me conhecia, mostrou as roupas e ela adorou.” De acordo com Luiza, apesar de ousados, engana-se quem acha que os itens são restritos às divas do pop. “Uso as peças com calças jeans ou saias, tênis ou salto. São versáteis.”

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A advogada Luiza Lang, 30, dá a dica. “Busco por lojas que tenham tamanhos grandes que não são necessariamente roupas que fiquem soltas, mas ajustadas ao meu tipo físico e me valorizem.” Os modelos vão do manequim 36 ao 52 e a estilista aceita pedidos de ajustes de medidas via e-mail ou numerações maiores sob encomenda, sem aumento no preço final. “Eu mesma sou plus size e tinha dificuldade de achar roupas descoladas no meu tamanho”, conta a designer, que também aceita alterações nas modelagens por um custo extra.

Imagem da Anitta com vestido da marca no clipe Contando Lunares
Vestido da marca usado por Anitta no clipe Contando Lunares (Divulgação/Divulgação)

Atualmente, os preços das peças variam de 149 (luvas Destiny ou Toxic) a 579 reais (macacão Manga Rosa).

Tudo é feito a mão, seguindo os princípios do slow fashion. Cada peça tem, no máximo, dez reproduções. A aquisição é realizada pelo Instagram ou pelo site da marca e os envios são para qualquer canto do mundo (frete não incluso). Após a pandemia, os paulistanos podem voltar a retirar as peças no escritório da A.rolê, em Santa Cecília.

No início de março, a empresa participou de seu primeiro projeto internacional. A cantora americana Selena Gomez virou os olhos para o Brasil para lançar o álbum Revelación, com profissionais brasileiros envolvidos nas produções dos videoclipes. Os figurinistas sugeriram que Luiza fosse responsável pelos trajes das dançarinas no hit Selfish Love. Na gravação, as meninas usam um macacão com luvas feito do mesmo tecido do cenário, que faz com que elas pareçam estar saindo das paredes. Desenvolvido de forma exclusiva para Selena, a estampa não está à venda, mas a peça pode ser adquirida em outros tecidos.

Por ter idealizado um negócio remoto desde o início, a estilista conta que não sofreu nenhum impacto durante a pandemia. Luiza não tem pretensão de abrir lojas físicas, mas, sim, um showroom para que os clientes que ainda tenham alguma dúvida sobre as roupas possam prová-las antes. Para inaugurar a A.rolê foram necessários a ajuda de uma costureira com a produção e 1 200 reais. Hoje, a empresa segue enxuta, com apenas três pessoas na equipe.

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Publicado em VEJA São Paulo de 07 de abril de 2021, edição nº 2732

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