Com peças moderninhas e baratas, rede de fast-fashion cresce na cidade
A Caedu, espécie de Forever 21 da Classe C, faturou 550 milhões de reais no ano passado
Presente no mundo inteiro, a fast-fashion americana Forever 21 é uma das preferidas por quem busca trajes descolados a preços em conta. Desde que chegou aqui, em 2014, é um tremendo sucesso de vendas. Tem atualmente seis lojas na capital. Uma marca paulistana usa uma estratégia parecida e também vem colhendo ótimos resultados, só que com produtos voltados para a classe C.
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Trata-se da Caedu, rede em forte processo de expansão por bairros afastados do centro, como Capão Redondo, Brasilândia e Itaim Paulista. A empresa, que conta com dezesseis endereços na capital e outros 33 espalhados pelo estado, vende peças a partir de 3,99 reais (camiseta de criança). O item mais caro do cardápio custa 99 reais (jaquetas e calças jeans). No ano passado, o negócio faturou 550 milhões de reais. A receita deve crescer 11% em 2016, conforme a previsão da companhia, e há planos de abrir mais cinco pontos de venda na capital em 2017.
Como costuma acontecer com a moda fast fashion, as roupas não duram muito mais do que alguns meses. A produção barata, terceirizada em fábricas ao redor do país, possibilita a aplicação de valores mais baixos ao consumidor e garante a venda em massa. “Nós trabalhamos com a classe C mesmo antes de ela ser conhecida por esse nome”, diz Leninha da Palma, de 41 anos, presidente do grupo.
Formada em psicologia, ela é uma das donas da marca, ao lado de seus quatro irmãos. Quem criou o negócio foi o casal de empresários Vicente e Teresa da Palma, em 1974. No início, a Caedu — que recebeu esse nome em homenagem a um dos filhos, Carlos Eduardo — funcionava na garagem da casa da família, no bairro do Brás. As vendas alcançaram um novo patamar nos últimos anos, à base de promoções relâmpago.
Feitas dez vezes por dia, com descontos de até 70%, elas ajudam a manter as lojas abarrotadas de gente enlouquecida, atrás da melhor pechincha. “Nosso lema é que o cliente tem de sair com ao menos quatro peças sem gastar mais que 100 reais”, afirma Leninha, que atuou como vendedora, caixa e gerente, antes de chegar ao comando da empresa.