Bordado moderno: jovens criam ateliês e divulgam peças na internet

Desenhos personalizados fazem sucesso também em feiras alternativas da capital

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 1 jun 2017, 15h50 - Publicado em 18 nov 2016, 23h00

Desde o início do ano, a designer Andressa Ferraz, de 29 anos, passa duas horas por dia em seu apartamento, no Paraíso, na Zona Sul, bordando camisetas, pingentes e quadros sob encomenda. “No começo, era um hobby”, conta. Nessa época, ela confeccionava presentes para os amigos e postava as imagens na internet. “Aí, um foi indicando meu trabalho para o outro e agora isso se transformou em ‘emprego fixo’”, completa. Ela criou a marca Bordado Studio e a cada mês recebe cerca de 45 pedidos. Seu faturamento chega a 3 000 reais com a venda de produtos, como molduras para bordar, e com workshops sobre o assunto.

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A exemplo de Andressa, outras paulistanas vêm ganhando visibilidade nas redes sociais e feiras alternativas da capital com o mesmo negócio. Só no Facebook há mais de noventa ateliês da metrópole anunciando seus trabalhos. No passado, essa atividade era exercida por senhoras, em sua maioria donas de casa ou aposentadas. Hoje, jovens entre 25 e 35 anos dominam o setor dos desenhos moderninhos e estilizados.

“Quem nos procura são pessoas que se cansaram da moda fast-fashion e querem peças exclusivas”, acredita Isabel Zachow, de 35 anos, dona da grife Mermaidss, especializada em camisas com figuras como sereias, corações e unicórnios. “Costumo comprar essas peças para decorar a casa”, comenta a psicóloga Priscila Josefick, cliente assídua dos ateliês on- line. “Quando fui morar com meu namorado, no início do ano, enchi a residência de quadrinhos com ilustrações de filmes e bandas de rock.”

As campeãs de encomendas

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