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Rota do vinho paulista: produtores oferecem visitas guiadas

Além de conhecer os vinhedos, dá para aprender sobre processo de elaboração da bebida, que está melhorando no estado

Por Gabrielli Menezes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 09h14 - Publicado em 28 jul 2017, 18h33
Guaspari: colheita realizada no inverno e rótulos premiados como o syrah (Arnaldo Lorençato/Veja SP)
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Até bem pouco tempo atrás, quem se interessava em conhecer a produção de vinhos finos nacionais tinha de se deslocar até a Serra Gaúcha. Não é preciso mais ir tão longe, já que esse panorama vem mudando nos últimos anos com o surgimento de novas vinícolas no Estado de São Paulo e com o aprimoramento das tradicionais. Pelo menos quatro dessas empresas abrem seus portões para receber os fãs da bebida.

Basta dirigir 190 quilômetros até a Guaspari, em Espírito Santo do Pinhal, para ver de perto aquela que já é considerada uma das melhores do país no ramo. Embora exista desde 2006, a companhia, localizada em duas fazendas cercadas pela bela paisagem da Serra da Mantiqueira, pôs no mercado seu primeiro rótulo três anos atrás e passou a oferecer visitas guiadas desde março.

Sempre nos fins de semana e em dois horários, às 10h30 e às 14h30, as pessoas são recebidas com um lauto café. Em seguida, rumam à plantação num caminhão, acompanhadas de um enólogo que explica o cultivo das uvas. Originalmente, havia vinhedos de syrah e sauvignon blanc. Agora, a empresa ensaia o lançamento de um mix das uvas cabernet sauvignon e cabernet franc. Os visitantes param ainda na área de produção, armazenamento em barricas e engarrafamento. O tour de duas horas termina com a degustação de quatro rótulos harmonizados com queijos e pães.

Vinícola Marchese Di Ivrea
Marchese Di Ivrea: o tour termina com um almoço italiano (Divulgação)

Nos últimos meses, a Guaspari está operando com lotação máxima de oitenta pessoas por fim de semana. Por isso, para garantir a vaga, além de desembolsar 125 reais, é preciso fazer a reserva com pelo menos trinta dias de antecedência. Essa procura tem motivo: o reconhecimento nacional e internacional de suas bebidas. “Dos nossos sete rótulos, quatro foram premiados no exterior”, diz a diretora executiva Fabrizia Zucherato. Em São Paulo, os vinhos estão na carta de restaurantes como Fasano e Maní.

A qualidade é garantida graças à safra invertida. Durante o verão, quando tradicionalmente se faz a colheita, as parreiras são podadas e espera-se que a fruta apareça novamente no inverno, período em que a amplitude térmica pode chegar a 20 graus em menos de 24 horas. “Isso permite que a uva alcance a quantidade ideal de açúcar”, explica Luís Roberto Lorenzato Di Ivrea, responsável pela vinícola Marchese Di Ivrea, em Ituverava, que utiliza o mesmo método adotado pela Guaspari.

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Distante 420 quilômetros de São Paulo, a empresa abre para visitação aos sábados, às 9h30, e recebe até oitenta pessoas por dia. O passeio custa 120 reais e inclui almoço ou jantar. Em geral, prova-se a bisteca à fiorentina combinada ao tinto Arduíno, feito da cepa italiana sangiovese. O café com grapa finaliza a refeição. Os rótulos, que incluem ainda as uvas nebbiolo e moscato giallo, por enquanto só são distribuídos para lojas perto de Ribeirão Preto. Outra opção é comprá-los na própria Marchese Di Ivrea, a preços entre 40 e 80 reais.

Terrassos, em Amparo
Terrassos, em Amparo: passeio gratuito (Divulgação/Veja SP)

Quase vizinha à capital, a vinícola Góes, em São Roque, faz tours o ano todo. A melhor época para conhecê-la é em janeiro, quando as uvas estão prontas para ser colhidas. Só nesse mês o passeio se estende aos vinhedos. Nos outros, fica restrito à sede da vinícola e tem uma hora e meia de duração. Custa 35 reais, dos quais 10 podem ser revertidos em compras na loja da fábrica, cujas prateleiras ostentam o Tempos Philosophia Cabernet Franc, rótulo de qualidade inédita na região e campeão pela Avaliação Nacional de Vinhos em 2014.

Em Amparo, a 120 quilômetros daqui, os visitantes não pagam nada para conhecer os parreirais e a produção nem para degustar os vinhos Terrassos, cuja estrela é um syrah. A ideia é que os turistas almocem no restaurante de cozinha italiana da empresa. Nos domingos, por exemplo, há rodízio de massas por 44,90 reais. “Recebemos 400 pessoas a cada fim de semana”, conta o dono Fábio Luis do Nascimento.

Guaspari. Rua Pedro Ferrari, 300, Espírito Santo do Pinhal, ☎ (19) 3661-9191. Sáb. e dom., 10h30 e 14h30. R$ 125,00.

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Marchese Di Ivrea. Rodovia Eliphio Peres Quireza, km 21, Ituverava, ☎ (16) 98243-0008. Sáb., 9h30. R$ 120,00.

Terrassos. Rodovia Amparo Itapira, km 137, Amparo, ☎ (19) 99744-4094. Sáb. e dom., 10h/17h. Gratuito.

Vinícola Góes. Estrada do Vinho, km 9, São Roque, ☎ 4711-3500. Seg. a sex., 11h e 15h; sáb. e dom., 10h30, 12h, 13h30, 15h e 16h30. R$ 35,00.

É necessário fazer reserva em todas as vinícolas

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