Maior rede de pizzarias do mundo veta produtos da JBS
A franquia internacional Domino's anuncia que não usará mais matéria-primas da empresa brasileira
A pizzaria norte-americana Domino’s, a maior rede de entrega de pizzas do mundo, anunciou na última sexta (2) que não irá mais utilizar nenhum produto da marca JBS, envolvida em denúncias de corrupção. A empresa tem mais de 180 lojas no Brasil e mais de 10 mil estabelecimentos pelo mundo.
“Prezamos muito pela transparência e ética com todos os apaixonados pelo Domino’s, e compartilhamos do mesmo sentimento de revolta quando estes valores não são levados em consideração” afirmou a empresa em sua página no Facebook. “Por isso, queremos esclarecer que não utilizamos mais nenhum produto da marca JBS.”
A pizzaria não é a primeira marca a fazer boicote contra a JBS. O restaurante do tradicional Hotel Toriba, em Campos do Jordão (SP), passou a oferecer no cardápio desde o dia 25 de maio, uma semana após as delações de Joesley Batista, um filé acompanhado de risoto de cogumelos batizado de Friboi Free. O prato foi criado especialmente para reforçar o protesto do empresário Aref Farkouh, sócio do hotel, contra o grupo JBS, dono do frigorífico Friboi.
Outro estabelecimento que aderiu ao boicote foi a churrascaria Devons, uma das mais tradicionais de Curitiba. No dia 24 de maio foi colocada uma faixa no local anunciando que o restaurantes não trabalharia mais com produtos da JBS “em respeito ao Brasil, à sociedade e aos trabalhadores deste país”. A mensagem também foi postada nas redes sociais da Devons.
Em nota, a J&F, controladora da JBS, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que “a companhia e todos os sete envolvidos seguem em seu firme propósito de continuar colaborando com a Justiça brasileira no combate à corrupção no país”.
“A J&F, sua empresas e marcas mantêm a regularidade de suas operações e o foco na oferta de produtos e serviços da mais alta qualidade, prezando a parceria com seus clientes e fornecedores, e apoiando os seus mais de 235 mil colaboradores em todo o mundo”, diz o texto.