Igrejinha atrai modernos em clima de esquenta
Telefones coloridos espalhados pelos ambientes propõem uma forma de paquera curiosa entre as mesas
O trecho que se estende entre a Consolação e a Bela Cintra, a Rua Fernando de Albuquerque agrupa vários endereços agitados. Estão ali, por exemplo, o bar Papillon de Nuit e os restaurantes La Tartine e Mestiço, sempre muito movimentados. Aberto em maio por Eduardo Revi e Ricardo Kanazawa, ex-funcionários do Ritz, o Igrejinha parece ter fôlego para seguir o rastro de seus vizinhos.
Com atmosfera descolada, a casa exibe decoração composta de imagens de santos, oratórios e fitinhas do Senhor do Bonfim. Para quem quer entrar no clima de paquera, há um diferencial curioso. Estão espalhados por todos os cantos telefones antigos de uso gratuito — o ramal dos aparelhos está indicado pela cor de cada um deles. Basta identificar o alvo e torcer para que o chamado tenha resposta.
Aliado à ótima trilha sonora, calcada em hits de grupos como Gossip e The Rapture, o lugar vem atraindo uma moçada formada na maioria por gays e moderninhos, que se reúne antes da balada.
Lá, essa turma se espalha por dois ambientes. Um deles fica junto do balcão dedicado às bebidas, de onde saem drinques clássicos e bem executados, entre eles o cosmopolitan (R$ 23,00) e a margarita (R$ 25,00). Nos fundos, uma aprazível sala à meia-luz traz um visual quase doméstico, com piso de madeira, abajures, sofás e tapetes.
Limitado a poucos itens, o cardápio de petiscos lista sugestões triviais. A melhor delas reúne tiras crocantes de massa de pastel assada, temperadas por lemon pepper e servidas com molho de mostarda e mel (R$ 8,00). Batizada de salve são jorge, a porção de cubinhos de queijo de coalho regados a mel teve o sabor prejudicado pelo excesso de pimenta-rosa (R$ 22,00).
BEBIDAS ✪✪✪ | AMBIENTE ✪✪✪ | COZINHA ✪✪