Saiba onde fazer um esquenta antes de cair na balada
Confira abaixo uma lista de endereços na medida para agitar antes de uma noitada
Baladeiros sabem que uma boa noitada começa na mesa do bar, para só depois seguir para clubes (ou, quem sabe, para outra mesa de bar!). Mas “entendidos da noite” sabem também que este início não pode ser em qualquer lugar. Botequins com música, clima descolado e até pistinha de dança são os preferidos para um esquenta antes da boate.
Confira sugestões de bares onde esta turma costuma se reunir:
+ Bares abertos até a madrugada
Bar da Dida: Montado numa garagem, o boteco conquistou a simpatia de descolados e gays. Como o espaço interno não comporta nem sequer uma mesa, elas ficam todas do lado de fora. A maior parte é espalhada no estacionamento do cabeleireiro vizinho. Caipiroscas em copo alto (uva e gengibre) fazem companhia aos tostex no pão ciabatta, entre eles o de peito de peru, queijo brie e geleia de pimenta.
Bebo Sim: em Perdizes, mas com o estilo da Vila Madalena, o bar tem clima de uma descolada festinha entre amigos. Está instalado num galpão estreito e de ambientação charmosa, escondido de quem passa na Avenida Professor Alfonso Bovero. Com o copo de cerveja na mão, o público jovem e de perfil mais desencanado circula, paquera e curte a caprichada trilha sonora, a cargo de um DJ de quinta a sábado. Na seleção musical, podem aparecer Marisa Monte, Jorge Ben Jor, Amy Winehouse, Tim Maia, Duffy, Wilson Simonal…
Blá: a diversão começa na happy hour, movida a drinques como a caipi brigadeiro, mistura de vodca, chope (Itaipava) e suco de limão-siciliano. Com o avançar das horas, o lugar ganha clima de baladinha, com som de DJ e, dependendo do dia, shows de pop rock e MPB. Dos petiscos, peça os canapés de mini-hambúrguer, nas versões filé-mignon, frango e salmão.
Cão Véio: poucos bares de São Paulo têm cardápio assinado por um profissional premiado como Henrique Fogaça. Sócio do restaurante contemporâneo Sal Gastronomia, ele foi eleito chef revelação pela edição especial “Comer & Beber” de VEJA SÃO PAULO em 2008. Esse é o maior atrativo do Cão Véio, aberto em janeiro de 2013 pelo cozinheiro em parceria com o músico Badauí, do CPM 22, e o promoter Marcos Roger Kichimoto, que já trabalhou para a banda Sepultura. O rock’n’roll, aliás, uniu esse trio de tatuados — nas horas vagas, Fogaça encarna um vocalista de hardcore. Esse gênero embala também os grupos de estilo mais alternativo que batem ponto no local. O estabelecimento ocupa o ponto onde antes funcionava o boteco árabe Kebabel. Lustres de estilo antigão, sofás de couro preto e pufes vermelhos ajudam a compor a atmosfera. Além dos pratos rotativos no almoço, figuram no cardápio bons petiscos. Não provar a porção de pargo servida ao lado de batata-doce, ervas e maionese de limão é um crime. O peixinho vem dourado por fora, branco por dentro e supermacio. Escoltam as pedidas drinques clássicos e autorais assinados por Fernando Lisboa, que antes passou pelo Z Carniceria, entre eles um potente manhattan. Há ainda quarenta rótulos de cerveja selecionados por Eduardo Passarelli, do Aconchego Carioca. A encorpada Dead Pony Club, da cervejaria escocesa BrewDog, segue estilo american pale ale.
Caos: o pequeno espaço, para lá de estiloso, funciona como loja de antiguidades durante o dia, com mais de 3.000 produtos para venda e locação. Brinquedos, televisões, quadros e até uma bicicleta forram as paredes e o teto em uma charmosa decoração retrô. A partir das 20h, o clima esquenta com drinques diferentões e cerveja (Heineken long neck). Por volta das 22h, o DJ anima a apertada pista, lotada de gays e descolados, ao som de rock, soul, hip-hop, ritmos brasileiros e funk.
D4 Boteco Galeria: inaugurado em agosto (2012), é exatamente o que seu nome sugere — um espaço para beber e petiscar cercado de intervenções artísticas. O colorido e alternativo ambiente combina mesas de madeira, típicas de botequim, com trabalhos de arte urbana, que podem ser vistos nas paredes e até no chão grafitado. Com o avançar das horas, as atenções se voltam para o piso superior, onde há uma pista de dança (funk, soul, nu jazz e electro rock), aberta de quinta a domingo.
Exquisito!: a cozinha aposta em petiscos latino-americanos, a exemplo da salteña boliviana. O mexicano chili royal pode ser pedido em duas versões: individual e para três. Apetitoso, traz o cozido de carne moída e feijão fundido numa mescla de queijos. A receita acompanha tortilhas de trigo e de milho, guacamole e sour cream. Para beber, escolha uma das cervejas também latinas, caso da uruguaia Norteña e da argentina Quilmes.
Gràcia: trouxe um público jovem e bem arrumado para esta esquina de Pinheiros. O clima de azaração é turbinado por música eletrônica, às sextas e aos sábados, e bandas de pop rock, aos domingos. Sua decoração, inspirada na região espanhola da Catalunha, inclui um grande mapa do metrô de Barcelona.
Igrejinha: no burburinho do Baixo Augusta, exibe na decoração imagens de santos, oratórios e fitinhas do Senhor do Bonfim. Para estimular a paquera, estão espalhados pelos recortados ambientes telefones antigos de uso gratuito — o ramal dos aparelhos está indicado pela cor de cada um deles. Basta identificar o alvo e torcer para que o chamado tenha resposta. Nos fundos, uma sala com piso de madeira, abajures e sofás atrai gays e moderninhos, que se reúnem ali antes da balada.
Laje Club: de um dos sócios do Blue Velvet, nos Jardins, a casa inaugurada em abril (2012) segue um conceito parecido — faz o gênero lounge e tem clima de baladinha. Ganhou esse nome porque seus ambientes mais bacanas ocupam o piso superior do imóvel, entre eles uma pista de dança, decorada por sofás e espelhos, e um fumódromo com vista para a rua. Hip-hop, house, rock e outros gêneros alternam-se na trilha sonora dos DJs.
Menys: vizinho ao Gràcia e dos mesmos donos, o endereço inaugurado em julho de 2012 pode ser considerado uma versão menor e mais exclusivista da casa-mãe. Na porta, uma hostess usa critérios de reserva de mesa para selecionar os clientes. Os recortados ambientes, divididos em dois andares, seguem a linha lounge, com acomodação em sofás e mesas baixas. No piso superior, destaca-se um deque ao ar livre, com vista para o prédio do Instituto Tomie Ohtake.
Suíte Savalas: balcão de fórmica vermelha, banquetas com estampas de oncinha ou zebra e mais de 100 pôsteres de filmes cult — de pornochanchadas brasileiras a fitas B americanas — transportam a clientela do Suíte Savalas para algum lugar dos anos 70. Em 2011, seu ambiente de cores quentes e atmosfera retrô seduziu o júri, que o elegeu o bar revelação. Agora, a casa consagrou-se o melhor endereço para paquerar. Um dos atrativos é justamente o clima de festinha. Mais do que ficar horas nas mesas, o público solteiro prefere circular ou se sentar ao balcão, o que facilita as conversas e a troca de olhares. Também faz a eletricidade subir a trilha sonora tocada via MP3, na qual aparecem The Who, Aretha Franklin, Iggy Pop e Chuck Berry, além de achados de soul e funk dos anos 60 e 70.
SubAstor: sem ligação com a rua, é um autêntico speakeasy — como eram chamados os bares clandestinos da época da Lei Seca americana. Para descobrir o ambiente de atmosfera cool, animado por faixas de rock, soul e jazz, é preciso atravessar o salão do Astor e descer três lances de escada. Acomode-se no balcão de doze lugares ou nas poltronas de couro e delicie-se com a carta de coquetéis, uma das melhores da cidade. Mais sossegada no início da semana, quando predominam os casais, a casa costuma pegar fogo de quinta a sábado, dias em que suas misturas etílicas turbinam a paquera.
The Sailor: no palco do térreo, o público curte bandas de rock e pop. Mas o espaço mais curioso é o amplo terraço da cobertura, com vista para a movimentada avenida. Há 54 coquetéis na carta, executados por Talita Simões e sua equipe. Batizado em homenagem à pin-up americana Dita von Teese, o dita vem servido numa taça de champanhe vintage. Discretamente adocicado, equilibra vodca, licor de laranja, sucos de cranberry e limão-siciliano e xarope do chá Earl Grey.
Z Carniceria: há uma história por trás do nome da moderninha casa, hoje uma das mais concorridas do Baixo Augusta. Funcionou no mesmo imóvel, nos anos 50, um dos primeiros açougues da Rua Augusta, chamado Z. Daí a decoração underground com cabeças e chifres de boi, ganchos de pendurar carne e imagens de açougueiros.