MIMO Festival completa 20 anos com programação gratuita em São Paulo
Com atrações como Arnaldo Antunes, Lucinha Turnbull e Paulinho da Viola, o evento leva shows, filmes e workshops para quatro espaços diferentes da cidade
Um mimo é um presente carinhoso. De certa maneira, o MIMO Festival também. Isso porque, neste fim de semana, o evento completa vinte anos de existência com mais uma programação rica e gratuita de shows, filmes, workshops e bate-papos em São Paulo.
Entre esta sexta-feira (12) e domingo (14), quatro espaços da cidade receberão apresentações musicais de nomes como Arnaldo Antunes, Lakecia Benjamin, Lucinha Turnbull e Paulinho da Viola: o Masp, o Parque Villa-Lobos, o CCSP e a Arena B3, no Centro.
“O festival nasceu com o conceito de ocupação dos espaços de memória. Pelos primeiros seis anos, acontecia só em igrejas e museus de Olinda”, explica Lu Araújo, fundadora do evento.
A partir de 2012, passou a acontecer na Região Sudeste. “Eu tinha feito tudo o que podia fazer no Nordeste. Não conseguia mais dinheiro para crescer lá”, conta a produtora.
O lançamento de poemas do alto de edifícios históricos, chamado de Chuva de Poesia, e uma mostra de documentários e filmes sobre música (confira a programação ao final do texto) são exemplos da originalidade do festival.
“É um festival de apaixonados. Chega a ser até meio romântico, quando você pensa hoje em dia nesses festivais criados por agências. Aqui a gente trabalha a cultura pela cultura”, define Lu, sem esconder as dificuldades. “Eu não tenho nenhuma segurança se vou ter o MIMO no ano que vem, mas a gente não para”, conta
Filmes para ouvir
Centro Cultural São Paulo (CCSP) — Sala Paulo Emílio. Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, ☎ 3397-4002. →.
Sexta-feira (12/5)
17h — As Divas de Taguerabt (2020, França) e Africa Mia (2019, França)
19h — É d’Oxum — A Força que Mora n’Água (2023, Brasil) e Manguebit (2022, Brasil)
Sábado (13/5)
15h — Fantasma Neon (2021, Brasil) e Alan (2022, Brasil)
17h — Manhã de Domingo (2022, Brasil) e Dom Salvador & Abolição (2020, Brasil)
19h — Letrux: Viver É um Frenesi (2023, Brasil) e Aquilo que eu Nunca perdi (2021, Brasil)
Domingo (14/5)
15h — Rebel Dread (2020, Reino Unido)