Jaloo estreia em São Paulo novo show que passeia por sua discografia
A artista paraense conversou com a Vejinha sobre o projeto inédito, que também marca o lançamento do seu álbum mais recente, 'MAU' (2023)
Jaloo: 3 eras é o nome do novo show da artista paraense, que estreia em São Paulo, na Audio, no dia 5.
Seguindo a mesma ideia de outras turnês que estão fazendo sucesso internacional, como a The Eras Tour, da americana Taylor Swift, o projeto reunirá o repertório de todos os discos da cantora — do estreante #1 (2015) ao mais recente MAU (2023), passando por ft (pt. 1) (2019).
No palco, cada uma das três fases será reproduzida com cores e cenários respectivos e os repertórios tocados na íntegra.
A compositora, cuja sonoridade mescla influências pop, indie e da música eletrônica, será acompanhada por uma banda composta por George Costa, Bia Chantal e Michele Cordeiro, além das bailarinas Yorrana Soares, Vinnycias Silva, Luiza Magalhães e Thainá Souza.
18 anos. Audio. Avenida Francisco Matarazzo, 694, Água Branca, ☎ 3675-1991. ♿ Sex. (5), 21h. R$ 96,00 a R$ 168,00. audiosp.com.br.
3 perguntas para Jaloo
Qual foi a inspiração para esse show?
A ideia veio de uma amiga, que me mostrou o flyer da turnê dos Jonas Brothers, em que eles tocam todos os seus cinco discos. Acho que é o momento certo para eu fazer alguma coisa do tipo, porque eu só tenho três álbuns, então dá para tocar todos na íntegra. Reparei que, juntando todas as faixas, é um show longo, mas não a ponto de ser cansativo.
Como o álbum MAU (2023) se encaixa na sua discografia?
É o meu disco mais eletrônico, sendo que o primeiro já era bastante. Foi feito inteiramente dentro do computador, desenhando e criando texturas. Acho que ele tem muito o espírito desse tempo, às vezes acho até que está um pouquinho à frente, mas isso é querer se achar demais (risos). Mas é porque eu percebo que o público ainda está processando. Me deu uma energia boa, de estar realmente conectada com o agora.
O disco caminhou junto com sua identificação com o gênero fluído?
É doido, porque as pessoas colocam sempre em um lugar de ser antinatural, sendo que, para mim, foi muito natural. Viver aquela criança quase sem sexo, com nada tão definido, que está no primeiro disco, e depois viver a minha masculinidade de uma forma até caricata, quase um drag king, no segundo. E agora, no terceiro, mostro o feminino, que caminha junto com meu momento de vida. Estou em um processo de transição mesmo, adotando os pronomes femininos, já troquei meu RG e meu nome, o que me deixa muito feliz.
Publicado em VEJA São Paulo de 29 de março de 2024, edição nº 2886