Netflix: os homens e a natureza em três belos documentários
Um das atrações é o incrível Professor Polvo
Os homens e a natureza. Três documentários na Netflix trazem personagens importantes em contato com o mar ou preocupados com o aquecimento global. São três opções de registros reais que eu gostei muito. Confira abaixo.
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Professor Polvo > O documentarista sul-africano Craig Foster passava, em 2010, por uma crise existencial e não sabia lidar com a criação do filho adolescente. Retomou, então, o antigo hábito de mergulhar para observar as maravilhas do oceano. Foi aí que ele notou a presença de uma fêmea de polvo. Ao longo de quase um ano, Foster se viu obrigado a visitar, diariamente, sua nova amiga e percebeu que o animal, embora arredio e ligeiro, se afeiçoou a ele, esticando seus tentáculos e grudando as ventosas em seu corpo. De uma beleza estonteante, o filme narra o início, o meio e o fim dessa mais que improvável “amizade” e de como ela foi capaz de provocar um revolucionário bem-estar na vida do cineasta.
Em Busca dos Corais > Richard Vevers era publicitário em Londres quando desistiu da carreira para ser fotógrafo submarino. Queria algo mais útil em sua vida do que discutir camadas de papel higiênico, nas palavras dele, em reuniões com clientes da agência. Notou, então, que os corais estavam passando por um branqueamento e, em seguida, morrendo. Um encontro com o cineasta americano Jeff Orlowski foi decisivo para que se fizesse um registro do que estava (e está) ocorrendo com os recifes naturais. Provocada pelas águas mais quentes, devido ao aquecimento global, a morte dos corais, em regiões do Havaí e do Caribe, foi registrada pelos documentaristas — e o filme segue a árdua e complicada missão de posicionar as câmeras subaquáticas. Embora Vevers seja um dos narradores da façanha, Zack Rago rouba a cena. Motivo: esse “nerd dos corais”, que mergulhou com o mesmo objetivo na Grande Barreira de Coral, na Austrália, tem um emocionante encontro com seu ídolo de infância, o lendário biólogo marinho John Veron.
David Attenborough e Nosso Planeta > Além de um alerta sobre o aquecimento global e a devastação de florestas tropicais, o documentário faz uma justa homenagem a David Attenborough. Inglês de 94 anos, ele é o precursor dos programas sobre natureza, tendo registrado suas viagens a partir da década de 50. Falando diretamente para a câmera, o naturalista relembra sua trajetória na TV e vai mostrando como o planeta foi sendo castigado pelo homem. Das transformações nas savanas africanas às calotas polares, Attenborough exemplifica como será o mundo daqui a dez anos e no próximo século caso medidas drásticas não sejam tomadas. Como exemplo de reparação à natureza, ele cita a restrição ao consumo de carne e a redução da emissão de carbono na atmosfera.
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