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3 histórias reais do esporte para assistir na Netflix

"Arremesso Final" aparece entre as sugestões da Vejinha: "O espectador embarca na personalidade de Jordan e vibra com pontos feitos há mais de vinte anos"

Por Alessandra Balles
Atualizado em 12 jun 2020, 19h15 - Publicado em 5 jun 2020, 11h42
 (Divulgação/Veja SP)
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Arremesso Final
por Alessandra Balles

Se as jogadas geniais de Michael Jordan podem ser vistas aos montes no YouTube, o que o documentário mostra para já ter atraído 24 milhões de assinantes no streaming? Com dez episódios, foca a última temporada da NBA (liga profissional de basquete) disputada no Chicago Bulls. Na época, 1997-1998, uma equipe de filmagem ganhou livre acesso aos bastidores, da cerveja e do charuto no vestiário a visitas de Leonardo DiCaprio e Jerry Seinfeld. As gravações ficaram vinte anos em um cofre, até que Jordan, dono dos direitos, autorizou que fossem tiradas de lá e transformadas em sua versão da história. Apesar disso, estão presentes a predileção por jogos de azar, o bullying contra colegas e a aversão a questões políticas (ele se recusa a apoiar um candidato negro para o senado — aliás, a nota que Jordan divulgou em 31 de maio pedindo o fim da violência policial contra negros foi vista como reparação do passado nos EUA). O jeito exacerbadamente competitivo do jogador tem papel central, mas ficam de fora passagens da vida pessoal, e é a relação com os pais que recebe mais atenção. A cena dele se contorcendo no chão do vestiário após a morte do pai é comovente. O vaivém no tempo, que pode avançar rapidamente ou recuar até o início da carreira, dá dinâmica ao documentário, que também traz personagens interessantes que cercam o atleta. O espectador embarca na personalidade de Jordan e vibra com pontos feitos há mais de vinte anos. Não é só basquete. Netflix.

Escalando Dawn Wall
por Alessandra Balles

Escalando Dawn Wall acompanha os alpinistas americanos Tommy Caldwell e Kevin Jorgeson em uma subida de mais de 910 metros até o topo da face sudeste da formação rochosa El Capitan, no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia. O documentário registra a escalada que durou dezenove dias e foi tida como a mais difícil do mundo, em que só mãos e pés foram usados para dar impulso (as cordas são apenas equipamento de segurança) e tendas montadas na parede quase vertical serviram de abrigo na hora de dormir. Mas não é preciso gostar do esporte para aproveitar o filme, que agrada também por sua linda paisagem e por histórias pessoais que levaram Caldwell até ali, como a depressão pós-divórcio, a perda do indicador em um acidente e o sequestro por rebeldes no Quirguistão, quando só se salvou ao empurrar um militante islâmico do penhasco. Netflix.

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Fórmula 1: Dirigir para Viver
por Juliana Pedrosa

A série, que está na sua segunda temporada, mostra a tensão que pilotos e equipes vivem para chegar ao limite da velocidade e alcançar o primeiro lugar no pódio da modalidade que é o grau mais alto do automobilismo. Altamente competitivo, o chamado “circo da Fórmula 1” movimenta bilhões por ano em provas e dá espaço a histórias de bastidores e personagens fantásticos. Os campeonatos de 2018 e 2019 (primeira e segunda temporadas) são muito bem retratados ao longo da série. Além de análises aprofundadas de cada piloto, rixas entre montadoras e equipes, pilotos e chefes de escuderias são mostradas. Coisa para fã. Netflix.

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