Lea T: “É delicado me relacionar”
A modelo Lea T acaba de superar uma barreira: pela primeira vez, uma transexual será capa de uma revista feminina brasileira. Ela, que estará em São Paulo na quarta-feira, no Bar Número, para o lançamento da edição de dezembro de ELLE, falou à coluna.
VEJA SÃO PAULO —Frio na barriga pela repercussão da capa?
Lea — Não, pois não tem por que não dar certo. É uma mensagem muito legal, de tolerância.
VEJA SÃO PAULO — Já marcou a data para a mudança de sexo?
Lea — Resolvi não falar mais sobre isso, pois houve uma banalização de algo que é muito íntimo. Começaram a tratar do assunto sem sensibilidade. Vou fazer, sim, mas prefiro focar o que me fez virar modelo: lutar contra a discriminação.
VEJA SÃO PAULO — Tem namorado?
Lea — Não. É um pouco delicado me relacionar, tanto por mim quanto pela pessoa. O mundo é muito preto no branco, não há espaço para o cinza.
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