Ícone das ruas paulistanas, João Antônio Lara Nunes, 77, ficou conhecido por posar ao lado do seu estimado carro amarelo, uma réplica do Ferrari Terrassota. E ele continua na ativa — mas agora com moderação.
“Não tenho mais saco, saio de vez em quando aos fins de semana porque pegar a Marginal não dá mais!”, desabafa.
E a crise da idade parece ter chegado tanto para o veículo como para seu dono. “Meu carro não é zero, não pode circular como antigamente, e hoje em dia não quero mais fazer sessões de fotos, todo enrugado. Só se for de longe, pois tenho uma imagem a zelar.”
Fora os afazeres ocasionais, como um trabalho com a BMW que lhe rendeu um cachê de 10 000 reais, João raramente estaciona nas portas das baladas. “Mas se me pagarem eu vou sim!”, diverte-se.
Em alguns anos, planeja doar o automóvel para um museu. “Minha filha tem um Porsche de corrida tão lindo quanto o meu, então não tem interesse. E não aceito vender, não aguentaria ver outro cara dirigindo ele na minha frente”, confessa
Publicado em VEJA São Paulo de 10 de maio de 2023, edição nº 2840