“Amazônia é pouco respeitada”, diz Fafá de Belém, homenageada no Carnaval de SP
Cantora desfilou pela Império de Casa Verde com samba enredo sobre sua trajetória
Moradora da capital paulista há quarenta anos, a cantora Fafá de Belém não carrega a sua origem apenas no sobrenome artístico. Homenageada pela Império de Casa Verde, ela desfilou no último carro da agremiação, que cantou o samba Menina da Floresta, no segundo dia de desfiles no Anhembi.
“A Amazônia continua sendo muito falada, mas pouco vivida e pouco respeitada. Muitos nos veem de forma caricata. Mas a escola mergulhou em pesquisas e conseguiu trazer não só a minha história, da menina que nasceu na beira de um igarapé, como mostrou a nossa cultura, o nosso jeito, a nossa forma”, diz Fafá, emocionada com a apresentação da agremiação. “Até as outras escolas aplaudiram.”
Para se recuperar não só do desfile paulistano, mas de uma maratona que incluiu passagens por Recife, Salvador e Natal, Fafá não abre mão de duas coisas: dormir antes dos eventos e se alimentar de pratos “pesados”, como dobradinha e rabada, após as apresentações. “Depois durmo de novo”, ri.
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880