Quadros de Vik Muniz, Roberto Burle Marx e João Carlos Galvão decoram as paredes da dermatologista Ligia Novais, 43. No Itaim Bibi, sua clínica mistura o gosto por obras de arte e máquinas de última geração feitas para tratar e rejuvenescer rosto, corpo e couro cabeludo.
“Quando me mudei para este prédio, só pensava em como manter meu custo fixo e surgiu a ideia de alugar todos esses aparelhos para outros médicos”, conta. A coleção artística veio logo em seguida. “Comecei a entrar em leilões na pandemia e peguei gosto… Um gosto meio caro!”, diverte-se.
Uma das suas peças favoritas é um quadro de Burle Marx exposto na recepção. “Foi um achado, paguei 380 000 reais na época. Agora vi que uma versão menor dele acabou de ser vendida por mais de 1 milhão.”
Com o fluxo de profissionais interessados em alugar seus aparatos tecnológicos, Ligia vai ocupar o andar de cima e o espaço vai dobrar de tamanho.
“Não esperava ter de passar por obras mais uma vez, mas temos muita procura. Faremos um elevador panorâmico, um anfiteatro para workshops, mais doze salas e um ‘estacionamento’ das máquinas”, diz. “Tenho três filhos e trabalho pelo menos doze horas. Depois dessa ampliação, planejo desacelerar para estar mais presente na família.”
Publicado em VEJA São Paulo de 25 de agosto de 2023, edição nº 2856
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