No comando de sete cemitérios públicos em São Paulo, Maurício Costa, 55, sonha em transformar um deles em ponto turístico. Repleto de obras de arte e túmulos de celebridades, o Cemitério da Consolação passará por uma série de restauros previstos para começar neste trimestre.
As primeiras reformas serão feitas nos muros e nos dois pórticos do local. “Tivemos que fechar um deles pelo perigo de cair nas pessoas”, explica o atual CEO da Consolare, concessionária responsável por administrar a necrópole.
Com passeios noturnos gratuitos e planos para receber grupos escolares após as renovações, o espaço abriga sepulturas de famílias como a Matarazzo (cujo mausoléu chega a 20 metros de altura) e personalidades como a pintora Tarsila do Amaral e o poeta Oswald de Andrade.
“Quero derrubar a imagem de que cemitério é lugar triste e criar áreas onde as pessoas possam sentar, conversar e fazer reuniões”, diz.
Em busca de aprovações da prefeitura, Maurício ainda planeja uma segunda fase de restauros, incluindo a capela e alguns dos mausoléus. “Até 2027, a ideia é investir cerca de 8 milhões de reais.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 12 de janeiro de 2024, edição nº 2875
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