Cristiano Zanetta, 43, comanda uma “liga da justiça” diferente da famosa equipe de heróis dos quadrinhos. Ele é responsável por recrutar voluntários que se vestem de super-heróis para visitar hospitais e dar apoio a pacientes de câncer com sintomas de depressão.
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A iniciativa começou quando ele próprio decidiu vestir uma armadura de 25 quilos e encarnar o Batman, há quinze anos. “No início, não me deixavam entrar, pois não entendiam o propósito. Cheguei a passar cinco anos fazendo isso escondido, seja subornando alguma freira ou pedindo ajuda a um dos guardas”, relembra, aos risos. “O que o Batman faz nessas horas? Quebra regras.”
A série de provações vividas na juventude — como o incêndio que tomou sua casa quando tinha 6 anos e os três cânceres enfrentados pelo pai — serviu de incentivo para o projeto.
“Hoje em dia dou palestras sobre liderança e faço menos aparições como homem-morcego, mas sou chamado para acompanhar casos de todos os tipos e conversar com crianças que precisam, por exemplo, passar por algum tratamento agressivo. Todo mundo tem traumas e é preciso usar isso de combustível.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 1º de junho de 2022, edição nº 2791
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