Animália Park abriga primeira família de gorilas
Quatro machos trazidos de Belo Horizonte são os novos moradores de zoológico em Cotia
![Gorila na grama](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Gorila-Animalia-Park-Divulgacao-3.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Uma família de gorilas acaba de se mudar para São Paulo. Em Cotia, na região metropolitana da capital, o Animália Park reservou uma área de 2 650 metros quadrados para acomodar os quatro animais recém-chegados ao zoológico que integra o complexo de diversão e conservação ambiental, inaugurado no fim de 2023.
“Ficamos quase três anos construindo o espaço deles”, conta Marco Majolo, 51, biólogo e diretor técnico da instituição.
![Gorila Animalia Park-Divulgação (2) Gorila na grama](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Gorila-Animalia-Park-Divulgacao-2.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A chegada dos gorilas, no dia 13 de maio, faz parte do trabalho de preservação do parque, que mantém ações e pesquisas voltadas à conservação da biodiversidade e cuida de cerca de 1 500 animais, com espécies nativas dos cinco continentes.
Da subespécie Gorilla gorilla, ou gorila-ocidental, o novo grupo é composto pelo macho Leon e seus três filhos, Sawidi, Jahari e Ayô, todos transferidos do Zoológico de Belo Horizonte — para que não cruzassem com a mãe, o que poderia acarretar doenças, ela precisou ficar por lá.
![Gorila Animalia Park-Divulgação (6) Gorila na grama](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Gorila-Animalia-Park-Divulgacao-6.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Leon tem 26 anos e é o único “estrangeiro”, nascido em Israel e realocado na Espanha antes de vir para o Brasil. Essa espécie está na ala dos animais ameaçados de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
“Eles são extremamente dóceis, inteligentes e vegetarianos, então têm um metabolismo mais lento e não são agressivos”, explica Marco.
Cada um deles consome cerca de 40 quilos de alimentos por dia, entre hortaliças, legumes e ração. “E são também muito ligados ao alfa, o pai, que fica 100% do tempo focado na dominância do grupo. Basta uma troca de olhares para os filhotes entenderem o que podem ou não fazer.”
![Gorila Animalia Park-Divulgação (7) Gorila na grama](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Gorila-Animalia-Park-Divulgacao-7.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Para receber os novos moradores, o Animália recorreu ao Programa Ex-Situ de Gorilas (GEPP), coordenado pela Sociedade Europeia de Zoológicos e Aquários.
“Nossa equipe foi até Minas Gerais para uma imersão e tivemos várias visitas técnicas de especialistas”, diz Marco.
Nos próximos anos, a ideia é receber fêmeas para integrar o grupo, assim como tem sido feito com outras espécies — em breve, devem chegar da França três fêmeas de cachorro-vinagre, nativo da América do Sul.
“Estamos priorizando os programas de conservação já consolidados e que trabalham com espécies bem críticas e ameaçadas. Queremos fazer nossa parte ao trazer uma nova visão de zoológico, com o bem-estar animal como pilar principal”, completa.
![Gorila Animalia Park-Divulgação (8) Gorila na grama](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Gorila-Animalia-Park-Divulgacao-8.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Publicado em VEJA São Paulo de 14 de junho de 2024, edição nº 2897