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Ex-consulesa da França no Brasil abre exposição em meio a polêmica

Por João Batista Jr. SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 1 dez 2017, 06h00 - Publicado em 1 dez 2017, 06h00

Ex-consulesa da França no Brasil, Alexandra Loras abre a exposição Pourquoi pas? (Por que não?) neste sábado (2), na galeria Rabieh, nos Jardins. Com recursos de tecnologia digital, ela retratou como se fossem negros Gisele Bündchen, Silvio Santos e outras dezoito personalidades. Bastou isso para ser desancada nas redes sociais. Segundo os críticos, o trabalho remete aos tempos da “blackface”, quando brancos pintavam o rosto para interpretar negros de maneira estereotipada.

Silvio Santos na mostra de Loras: personalidades brancas retratadas como negras (Reprodução/Veja SP)

Como vê essa acusação?
Estou sendo massacrada. Militantes dizem que sou racista. Eu pensei que as obras incomodariam os brancos, não os negros.

Qual é seu objetivo?
Será que Gisele Bündchen ou Silvio Santos chegariam tão longe se fossem crespos? Não faço blackface, tampouco uma homenagem aos retratados. Apenas levanto uma discussão.

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Considera-se injustiçada?
Existe um preconceito por eu ser de outro país e ter um marido branco. Nós, negros, somos desunidos. Um militante quer ter mais protagonismo que o outro, há muita vaidade.

Tentaram convencê-la a cancelar a mostra?
Sim, Taís Araújo, Lázaro Ramos, Cris Vianna e Regina Casé me ligaram. Foram queridos e mostraram seus pontos de vista, mas não vejo por que voltar atrás.