Stress no trânsito: se você usa com frequência o freio do seu carro, algo está errado
Há um comportamento bastante comum entre motoristas e que acaba promovendo o stress no trânsito: não manter a distância adequada em relação ao veículo da frente. Embora as autoridades de trânsito sempre alertem para o tema com foco no risco de colisões, andar colado no carro da frente ainda traz outras consequências danosas. + Um […]
Há um comportamento bastante comum entre motoristas e que acaba promovendo o stress no trânsito: não manter a distância adequada em relação ao veículo da frente. Embora as autoridades de trânsito sempre alertem para o tema com foco no risco de colisões, andar colado no carro da frente ainda traz outras consequências danosas.
+ Um papo rápido sobre o transtorno obsessivo-compulsivo
Ao manter uma distância curta demais, o tempo de reação a eventuais reduções de velocidade do veículo da frente precisa ser baixo. Para que o tempo de reação seja baixo, o sistema nervoso entra automaticamente em um estado de alerta. Isso significa que há aumento da frequência cardíaca e dos níveis de cortisol no sangue.
Este estado de alerta é uma função normal do organismo muito útil em momentos extremos mas, se recorrente, produz sérios problemas de saúde como aumento do risco de infarto, rebaixamento da imunidade (elevando a chance da instalação de outros quadros patológicos), depressão, crises de ansiedade, acidentes vasculares etc.
A coisa certa a se fazer é bastante simples: manter uma distância segura em relação ao veículo da frente. Embora simples, nem sempre é fácil de se fazer. Um bom indicativo para saber se você está mantendo a distância adequada se mostra o quanto você usa o freio de seu carro. Se você freia muito é porque está perto demais do veículo da frente.
+ Como controlar o stress no trânsito
Na semana passada, chegando em São Paulo pela rodovia Presidente Dutra, conversava a esse respeito com uma amiga que me acompanhava. Eu disse a ela que quase não uso o freio. Ela, então, supôs que eu devo dirigir correndo. Expliquei que é exatamente o contrário, porque o freio é mais necessário justamente se você está em velocidades altas. Resolvemos fazer um experimento de observação. Notamos que não precisei frear o carro uma única vez sequer desde o acesso à rodovia, na altura do aeroporto de Cumbica, até o semáforo da Avenida Doutor Abrahão Ribeiro, para quem sai da Ponte da Casa Verde.
Note-se que isso envolveu os acessos de confluência entre rodovia, vias expressa, semi-expressa e local da Marginal Tietê e também o acesso à ponte e o cruzamento do rio. Eu só precisei frear depois de cruzar a ponte porque o semáforo estava fechado.
Ela se surpreendeu pelo fato de que eu não conduzi o carro devagar; mantive sempre a velocidade bem próxima da máxima permitida. Foi um trajeto de 20 quilômetros percorrido em 20 minutos (velocidade média de 60 Km/h). Qual o segredo, então? Basicamente manter a distância certa do carro da frente. Qual a jeito de conseguir isso? Evitar frenagens.
Ao usar essa estratégia (não frear), você naturalmente vai encontrar a distância ideal para manter em relação ao veículo que vai à frente. Isso acontece porque, para conseguir não frear frequentemente, necessariamente você precisará de uma distância maior do carro que segue à frente.
+ Por que o trânsito nos enlouquece?
Você logo notará que estará dirigindo de maneira mais relaxada (sem tensão muscular), otimizará o tempo do trajeto, diminuirá a chance de se envolver em um acidente, evitará acessos de raiva e estresse, diminuirá o desgaste dos componentes de seu carro, transmitirá segurança para quem estiver no carro com você e ainda evitará doenças no longo prazo.