O trio descolado de Oswaldo Bratke no Centrão
Embora com a mesma autoria, o ABC, o Jaçatuba e o Renata Sampaio Ferreira têm muitas diferenças
O arquiteto e construtor Oswaldo Bratke merecia um plaquinha na esquina das ruas Araújo e Major Sertorio, no Centro. Três prédios projetados por ele se encontram naquele cruzamento – e, sinal de que envelheceram bem, continuam atraindo novos inquilinos. No ABC, de 1949, com a laje furadinha no topo, funciona hoje o multiclube e karaokê Tokyo; mais antigo, o Jaçatuba, projetado em 1942, tem a balada Plu-Bar desde agosto; o mais novo do trio, de 1956, é o Renata Sampaio Ferreira, com seus elementos vazados (vizinho à boate Love Story), onde o escritório de arquitetura Triptyque instalou sua sede.
Terrenos diferentes, leis que mudavam a toda hora e transformações nos estilos e gostos fazem que os três edifícios sejam tão diferentes, apesar da mesma autoria.
Influenciado pela arquitetura norte-americana do pós-guerra, Bratke fez um dos primeiros loteamentos do Morumbi, onde projetou a casa para seu amigo e sócio Oscar Americano. Autor de mais de mil projetos, como arquiteto e construtor, ele fez cerca de quatrocentas residencias na capital e no interior, em estilos variados, do neocolonial ao art deco.
Filho de imigrante alemão, nascido em Botucatu, e formado em Engenharia pelo Mackenzie em 1931, Bratke morreu aos 89 anos em 1997.
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