Vítor Belfort faz homenagem emocionada à irmã desaparecida
"Já se passaram 14 anos desde a última vez que nos vimos", escreveu o ex-lutador nesta quarta (5)
Nesta quarta (5), Priscilla Belfort, irmã de Vitor Belfort, completa 44 anos de idade. Desaparecida desde 9 de janeiro de 2004, a mulher ganhou uma bonita homenagem do ex-lutador. Relembrando a data, o atleta compartilhou um texto emocionante no Instagram, falando sobre a família e a dor de ter que lidar com o desaparecimento da irmã mais velha.
“Já se passaram 14 anos desde a última vez que nos vimos. Confesso que nunca imaginei que isso poderia acontecer, mas não vou perder meu tempo, pois para quem fica esse assunto é pior que a morte. Pri, queria tanto que você estivesse aqui, queria poder te abraçar mais uma vez, te beijar mais uma vez, queria tanto que você conhecesse seus sobrinhos: Davi, Vitória e Kyara. Eles sempre perguntam de você. Já contei para eles todas as histórias possíveis e impossíveis que tivemos juntos. Pri, depois que você se foi, a mãe e o pai envelheceram bastante, não dá nem para imaginar a dor que eles sentem. Cada um expressa de uma forma. Confesso que enterrar um filho é algo que não deveria acontecer nunca, e ter um filho desaparecido deveria ser inadmissível”, começa Belfort.
“O pai vai vir passar o Natal aqui com a gente, ele continua forte demais, mas ainda acha que é um garotão e sempre fala que pega mais pego que os jovens. Fala que dá ‘canseira’ nos garotões nas partidas de tênis, ou seja: continua daquele jeito!”, escreve o ex-lutador. “A mãe ainda não tirou o passaporte nem visto, você sabe que ela sempre foi meio desorganizada, mas continua linda (mesmo não cuidando da saúde como deveria). Ela prometeu que agora vai começar a se cuidar pois tem ‘lindos’ motivos: um deles é ver os netos crescerem e ser uma bisa, ela é forte demais. Não posso esquecer que agora a mãe e a tia Cássia moram juntas, e tia Cássia continua linda e uma super executiva (ela morre de saudades de você)”.
“Me lembro que seu quarto era todo organizado e você sempre foi a certinha, do contrário, eu era muito desorganizado e bem bagunceiro, bem parecido com a mamãe!”, relembrou Belfort. “Querida irmã, ao escrever isso lembro do cuidado que você tinha comigo, sempre preocupada comigo e querendo me agradar. Se pudesse voltar no tempo, confesso que queria poder te dar meu última abração e o último beijo“.
“O tempo, como todos sabem, é um santo remédio, mas ao mesmo tempo para algumas circunstâncias, ele é a própria morte. Conselho: ‘Faça o tempo trabalhar a seu favor, não deixe o tempo te matar’. Creio que o desaparecimento é um eterno enterro até que o caso seja solucionado. Muitas famílias sofrem com isso, e só eles sabem o quanto isso é doloroso!”, finalizou o ex-lutador. Confira:
Vitor Belfort se aposentou em maio de 2018, após evento do UFC, quando foi nocauteado pelo brasileiro Lyoto Machida.
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